24: good things don't last.

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Abraço às escapulas dele, sinto sua boca encostar em meu ouvido, seus gemidos me levam ao limite da sanidade, beirando o delírio.

Suas mãos grosseiras que antes uma delas maltratava a minha coxa, próxima ao meu quadril, enquanto a outra segurava o meu posterior de coxa conforme ele se inseria para dentro de mim, encontram a parede, buscando nela algum tipo de suporte, reforço, alicerce.

Seu ritmo continua forte, sincronizado, intenso, firme.

O suor em minha testa passa a escorrer por minhas têmporas, respirar é quase impossível.

Seu rosto se afunda em meu pescoço, subo uma de minhas mãos para sua nuca, fazendo um carinho em alguém que está a beira do colapso. Desta vez, diferentemente das outras, mais barulhento que eu, o que literalmente me faz chorar de prazer.

O barulho de suas coxas chocando-se contra as minhas a medida que ele acelera as estocadas quando nos vemos perto, causa um barulho essencialmente característico de pele a pele.

Com a necessidade de respirar, ele ergue a cabeça, juntando nossos rostos, mantendo o contato visual numa expressão de prazer impagável.

Firmo minhas mãos em suas costas e afasto ainda mais as minhas pernas, antes de fechá-las ao seu redor quando tenho o orgasmo mais intenso de toda a minha vida.

Jaden permite deixar o corpo cansado cair ao meu lado, sem quebrar o toque físico através de um dos braços que está estendido entre os meus seios.

Nossas respirações aceleradas, misturadas e audíveis vão muito lentamente se acalmando, até que, minutos depois, sobre apenas a calmaria do silêncio.

Antes de se levantar para ir ao banheiro, ele deixa um selar em meus lábios e volta quase que um segundo depois.

Escapa dos meus lábios um grito fino quando ele me puxa de repente pelas panturrilhas para o meio da cama e passa a beijar as minhas pernas conforme sua boca vai subindo até chegar a minha.

— Por que você é gostosa assim, hein? É até pecado uma coisa dessas.

Beijo ele de volta, curvando o pescoço quando seus beijos passam a causar cócegas que me fazem rir.

— Essa pergunta deveria ser direcionada aos meus pais.

— Com certeza foi uma foda e tanto, você foi feita com gosto, menina. Deve ter demorado horas, puta que pariu. Toda honra e glória ao sogrão.

Gargalho alto.

— Respeite meus pais, Jaden!

— Só estou dizendo. – Levanta as mãos em sinal de rendição, acalmando a euforia do nada ao deitar em meu peito.

Acomodo ele entre minhas pernas, passando os dedos cuidadosamente por toda a anatomia das suas costas e de um de seus braços.

— Já decidiu o que vai dar pro seu pai? – Indago. O dia dos pais está chegando, estou desde o início do mês tentando descobrir o que comprar para o meu.

— Ainda não. Você vai me ajudar a escolher a coisa certa?

— Claro que sim, príncipe. Vamos comprar juntos ainda essa semana, okay?

Ele assente com a cabeça.

— Estou confuso sobre o que dar a ele, meu pai tem tudo. – Diz Jaden.

— Sei bem como é. – Sorrio, por ser o mesmo em meu caso. — Mas se ajuda, priorize algo que venha do coração. Todo ano gasto horrores com presente caro pro papai; relógio, itens de colecionador, vinho importado... até perceber que esse tipo de presente são os mais esquecidos. Quando minha mãe estava aprendendo a crochetar, ela fez uma touca para ele e ele usa até hoje, a temperatura diminui dois graus e lá está ele com sua touquinha branca e rosa, enrolado com dois cobertores no sofá.

𝘸𝘢𝘪𝘵𝘪𝘯𝘨 𝘳𝘰𝘰𝘮 - 𝘫𝘢𝘥𝘦𝘯 𝘸𝘢𝘭𝘵𝘰𝘯.Onde histórias criam vida. Descubra agora