Com a visão embaçada, o estômago embrulhando e o desesperado chegando a minha garganta, sou desperta do meu transe quando o celular que tinha em mãos cai no chão, causando um barulhoso ligeiramente estrondoso que me assusta.
Abro a porta do meu quarto, chegando às pressas ao quarto dos meus pais.
— Mãe... mãe, o Jaden.
Minha mãe levanta da cama num pulo, me alcançando.
— O Jaden...
— O que tem ele?
Só agora consigo colocar para fora o misto de sentimentos que me sugam a alma e acaba com toda a estrutura do meu coração. Eu choro e grito, sentindo o peso do mundo cair sobre as minhas costas, tanto que não consigo mais ficar de pé.
— Não... não... não...
— Filha, o que tem o Jaden? – Minha mãe pergunta preocupada, segurando o peso do meu corpo, afastando meus cabelos do rosto.
— Eu acho que ele está mort... – Antes que eu pudesse terminar a frase, vomito absolutamente tudo o que havia comido minutos antes.
— Oh meu Deus, Tom!
Vomito pela segunda vez consecutiva.
— Tom, liga pro DJ. Liga pro DJ agora! – Minha mãe fala, meu pai sai do quarto e escuto o barulho da chamada no viva voz. Um zumbido ensurdecedor surge em um de meus ouvidos, escuto de longe a voz da minha mãe mas era tarde demais, minha visão escurece e de repente não sinto mais nada.
♡♡♡
— Ela está acordando.
A consciência vai chegando pouco a pouco, junto a ela, as recordações do que eu quis muito que fosse um pesadelo assustador. Retiro o medidor de pressão do meu braço, me esforçando para me sentar na cama enquanto minha mãe fala comigo mas não consigo entender nada.
— ...Fica perto da Mapple Street? Entre a prefeitura e uma cafeteria? Sei, sei onde fica o hospital, estamos a caminho. – Meu pai diz ao telefone e desliga a chamada.
— Eu quero vê-lo. – Tento levantar mas mamãe me impede. — Eu quero vê-lo! Eu quero vê-lo agora!
— Se engana se acha que vou permitir que chegue nesse estado lá! Não percebe que não faz bem algum? Filha, ir desse jeito faz mal a você e a ele também. O que Jad precisa agora é de oração e amor.
— Ele não tinha que precisar de oração, ele tinha que estar bem, comigo! Por sua culpa está entre a vida e a morte e ainda quer me impedir de vê-lo sabendo que pode ser a última vez?
— Culpa minha? – Minha mãe franze o cenho, afrouxando o apertão em meus braços.
— Eu disse que eu não estava bem. Eu senti isso chegando. Se tivesse desmarcado aquela porra, Jaden nem teria saído de casa e nada disso teria acontecido!
— Okay, vamos parar por aí. Você está sendo injusta com sua mãe, minha filha. – Meu pai intervém.
— Deixa, Tom. Ela não está em sí.
— É claro que não estou em mim! Você me manda ter calma num momento merda desse! Por acaso estaria com essa voz mansa se fosse o meu pai?!
Mamãe nega com a cabeça. Solto uma risada e assinto com a cabeça, já imaginando qual seria a resposta. Seco as minhas lágrimas.
Enquanto minha mãe me ajudava a tomar banho, me limpando de minha própria sujeira, uma longa metragem rodava em minha cabeça.
A primeira vez que eu vi dois garotinhos gêmeos com um corte de cabelo engraçado brincando no parquinho em frente a minha casa. Eles desciam no escorregador de maneira desenfreada enquanto ajudavam uma menina não muito mais velha que os dois. Eu nunca contei o quanto queria ir lá e me juntar, até cair do balanço, entrar em desespero de maneira que nem minha mãe conseguia me acalmar e tudo se apaziguar quando um dos garotinhos se aproximou de mim e me entregou uma florzinha amarela, dizendo que era só um arranhão e que eu não precisava chorar.
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𝘸𝘢𝘪𝘵𝘪𝘯𝘨 𝘳𝘰𝘰𝘮 - 𝘫𝘢𝘥𝘦𝘯 𝘸𝘢𝘭𝘵𝘰𝘯.
Fiksi PenggemarS/n Bianchi De La Riva cresceu junto aos irmãos Walton. Desde muito criança, nutriu um amor platônico por um dos gêmeos, Javon. Esse amor platônico se tornou um "namorico" de infância, para depois de crescidos, evoluir para um relacionamento sério...