Prólogo

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Era noite e estava chovendo muito. Ele saiu batendo a porta e eu corri atrás dele. O puxei pelo braço e implorei:

— Me desculpa, por favor vamos conversar. Não vai embora assim!

Ele se virou e eu nunca tinha visto aquele olhar: Olhos frios como se estivesse olhando para uma estranha, o rosto vermelho de raiva e respiração ofegante. Ele me encarou por alguns segundos, e parecia não acreditar. Eu pude sentir toda a decepção e a dor dele só com aquele olhar.

Ele empurrou a minha mão que o segurava com força, e foi aí que veio o pior: Nenhuma palavra. Só aquele olhar que me esmagou. A indiferença dói e senti como se facas entrassem no meu peito e me rasgassem inteira. Ele entrou no carro e foi embora enquanto eu fiquei ali: na chuva, chorando e com uma certeza apenas: Eu o perdi para sempre. 

Um Conto para TrêsOnde histórias criam vida. Descubra agora