XVII - Selva de Concreto

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- Eu te conheço? - Perguntou Matt.

- Por sorte, ainda não. - Disse Maggie. - Mas eu sei quem você é, Matt Raven.

- Beleza. Essa é a hora onde você normalmente se apresenta.

- Me chame de Véu Negro.

- Pfffft. Não, não vai rolar. Muito constrangedor.

- Não vou te dizer meu nome.

- Beleza, beleza, eu consigo seu número, pelo menos? Nunca vi alguém tão novo com tatuagens no rosto.

- Você me enoja.

- Por que tá falando comigo, então?

- Eu tenho uma proposta. Juntar o seu império ao meu.

- Tá me chamando pra um encontro?

- Raven... Tudo o que você ama... Fama, dinheiro, mulheres... Eu consigo tudo pra você... Você só precisa me fazer alguns favores...

Ela tirou do bolso um saco plástico pequeno com duas pílulas. Matt observou aquilo e começou a rir. Ele se aproximou do rosto da garota, e disse, de uma forma que ninguém jamais havia presenciado:

- Eu como garotas como você de café da manhã, entendeu? Vaza daqui.

Maggie manteve uma expressão neutra.

- Eu vou voltar, Sk8er Boi. E se eu não te convencer, eu vou te obrigar.

Maggie entrou em uma van preta com "MAGNOLIA" escrito na placa. A van levou cerca de um minuto para sair de lá.

Conforme Matt entrava novamente no bloco da escola, ele notava que alguém havia observado sua conversa.

- Raven. - Disse Tate.

- Corta essa de sobrenomes, por favor. Me lembra o Fletcher.

- Meu nome é Tate Skinplet.

- Ouvi falar.

- Tome cuidado com aquela garota.

- É, já peguei a vibe.

- Eu sei sobre os rumores relacionados a você, Matt. Não importa o que aconteça, não se relacione com aquela garota.

- Credo, tão achando que eu sou um devorador de mulheres, agora?

- É o que dizem.

- Traficantes não fazem o meu tipo.

- É um bom ponto.

- Eu tenho mais gente pra me preocupar agora. Essa tal de... "Véu Negro"... Tá longe da minha mira.

- Você não parece muito longe da mira dela.

- Eu tô na mira de muita gente, Tate.

Tate suspirou, e Matt continuou andando.

Nona se encontrava com Aron no estacionamento.

- E aí. - Disse ela.

Aron parecia ter tomado um susto.

- Você tá... Escondendo algo nas suas costas? - Ela perguntou.

- N-Não?

- Qual é, me mostra!

Ela começou a incomodá-lo até achar o que procurava.

- Seu drogadinho...

- Você não sabe o quanto isso aqui bate. Quer um?

- Cara, são dez da manhã.

- Primeira sexta-feira letiva.

- Talvez durante a noite, viciado.

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