XXI - Morrendo em Los Angeles

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Charlie observava com calma e atenção os olhares de Carol. Aquilo estava começando a fazer sentido. Ela caminhava com sua mão pela borda do acento da roda gigante, indo em direção à mão de Carol, quando sente uma vibração em seu bolso, parando o seu movimento. A vibração é forte, mas intervalada. Isso a incomoda. Ninguém a liga. Alguém lhe envia várias mensagens.

Ela pega o celular e deixa o alto brilho ofuscar sua visão no escuro, causando desconforto conforme sua pupila se contrai e retoma aos poucos o foco. As mensagens eram de Marie.

Marie: charlie

Marie: meu tempo tá acabando

Marie: queria falar com você antes de ir

Marie: por favor, aparece

Marie: preciso de você

Charlie: shora minha casca de bala

Charlie: que isso muie, ta loca?

Charlie: lansa a braba

- Quem é? - Perguntou Carol.

- A Marie, viajando. - Charlie respondeu.

- Saquei...

Marie: to indo dormir

Charlie: vagabunda

Marie: me conta do date

Charlie: pare ;-;

Marie: te vejo na deagles amanhã

Charlie: paiasa

Charlie: vai dormi

Charlie: >:(

Marie: :P

Charlie bloqueia novamente o celular, levemente estressada.

- Que bosta, aquela vaca quebrou meu clima.

- Relaxa, eu ainda tenho uma ficha da roda gigante. - Disse Carol, conforme a cabine se aproximava da volta completa.

Charlie respondia com um sorriso suave, quase que de pena, por Carol passar pelo trabalho de animá-la.

200BPM. Duzentas batidas por minuto. As garotas perseguiam revezando de compasso em compasso. Tercinas, viradas atempo, jogos de contratempo, batuques dinâmicos duplos e triplos, e o duelo finalmente se encerrava.

Augustine estava ofegante. Roxy escorria de suor. As duas sorriam, conforme o duelo acabava. Augustine fazia um último twirl e apontava a ponta da baqueta diretamente para o rosto de Roxy.

- Um empate, então?

Roxy levantou da bateria, e andou com passos firmes e rápidos até a garota. Largando as baquetas no chão e causando um som desagradável, ela encosta desde a palma até a ponta de seus dedos nos dois lados do rosto da garota, puxando o seu rosto para perto e a beijando.

Avril e Chelsea finalmente chegavam em casa.

- Você tem sorte que eu acabei de receber o meu salário, mas saiba que eu vou cobrar cada centavo disso. - Disse Chelsea.

- Amiga, eu queria provar muitas roupas e a loja tava fechando!!

Chelsea suspirou.

- Tá... Vamos logo então.

Eram cerca de cinco sacolas por mão para cada uma delas. Avril de fato havia comprado muitas roupas com o dinheiro que Chelsea a havia emprestado. Ela tirava as peças das sacolas e as colocava na cama, espalhadas.

- Cara, você tem certeza que vai gostar dessas coisas? - Perguntou Chelsea.

- E por que outro motivo eu teria comprado?

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⏰ Última atualização: Sep 09 ⏰

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