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Luiza P.O.V

Passei o dia inteiro tentando falar com Valentina, mas os poucos momentos em que ela me respondia, eram super rápidos. De primeira não liguei, ela deveria estar ocupada e não é obrigada a falar comigo toda hora.
Duda também estava um pouco sumida.

Cheguei em casa, e nenhuma mensagem, tomei banho e comi mas ainda assim nada. Aproximadamente ás 23:30, ela me manda uma mensagem rápida.

V: "Amanhã vamos sair umas 16:00, esteja pronta."

Estranhei, já que ela sempre me dá os detalhes das coisas que planeja, mas tudo bem, apenas concordei. Após isso, ela sumiu novamente.

Pela manhã, acordei e resolvi dar play em um filme qualquer para passar o tempo. Eu não tinha nada para fazer além de passear com Valentina mais tarde, talvez eu devesse criar um cachorro.
Então começo a procurar abrigos para a adoção, e logo depois me distraio com qualquer besteira que se passa pelo meu instagram.

Odeio me sentir inútil, odeio não ter nada para fazer.

Ás 15:30 eu já estava pronta, mas nada de Valentina dar um sinal de vida. Não seria possível que ela iria furar comigo, né? Espero genuinamente que não.

Olhava para o relógio várias vezes seguidas.
15:40, 15:50, 16:00, 16:10, 16:20, 16:30, nada.
Valentina estaria me dando meu primeiro fora? Eu estava triste e com raiva naquele momento, mas teria um motivo, certo?

Então escuto uma buzina desesperada em frente ao meu prédio, era seu carro. Ao mesmo tempo meu celular começou a tocar, apenas atendi com um "Estou indo."

Assim que entro no carro, Valentina estava suada, nervosa e inquieta.
E eu ainda estava brava, mas passou quando ouvi sua voz.

A voz mais doce e mais linda que eu já tive o prazer de escutar.

— Desculpa Lu, eu não queria atrasar, mas prometo que vou compensar.

Abri um grande sorriso, como pode ser tão fofa? Impossível ficar brava com essa mulher.

Tentei insistir o caminho inteiro para ela me contar o que estava acontecendo, para onde iríamos, mas ainda nada.
Até eu reconhecer, estávamos na praia de Copacabana, perto das redes de vôlei.
Foi ali que tivemos nosso primeiro "encontro".

Exatamente no lugar em que ficamos da última vez, Duda estava sentada em cima de uma bela toalha forrada no chão, e aí eu entendi.
Era um piquenique.

Ela se levantou rapidamente e saiu andando antes que eu conseguisse a cumprimentar, comecei a reparar nos detalhes.

O lindo pôr do sol refletia sobre as redes de vôlei, almofadas e comidas que aparentavam ser extremamente deliciosas.

Estava lindo, muito lindo.
Valentina olhava sorrindo para mim.

— Gostou?

— Eu amei demais Valen, muito obrigada! - Eu respondi sorrindo e me sentando no pano que cobria a areia. Ela fez o mesmo logo em seguida.

Começamos a conversar enquanto comíamos e bebíamos um delicioso vinho. Ela perguntou tudo o que aconteceu ontem e hoje, e explicou que sumiu para preparar essa surpresa.

Achei fofo, mas para que sumir tanto apenas por um piquenique?

Depois de muita conversa, consegui perceber que Valentina estava nervosa, e não parava de se mexer enquanto oscilava o olhar entre o mar e os prédios da orla.

— Valen?

— Hum? - Ela respondeu meio atordoada.

— Você tá bem?

— Tô sim, mas eu preciso falar uma coisa com você.

E foi ali que eu me desesperei. O que poderia ser? ela não faria um piquenique para terminar comigo.
Ou faria?

— Lu - Ela segura minha mão. - Eu amo muito tudo isso que a gente passou, toda a nossa história até aqui. Eu te amo, muito mesmo, e quero continuar te amando. Nunca gostei de alguém como gosto de você, e pelo menos eu estou pronta para dar um passo a frente na nossa relação. Quero ter você comigo pro resto da vida, mas por enquanto, quero poder dizer que você é minha. Quero poder dizer que você é minha namorada.

E então eu entendi, e então tudo fez sentido.
Eu fiquei extremamente feliz com aquilo, naquele momento, só conseguia sorrir.

Ela sutilmente retira uma caixinha do bolso, que dentro tinha um lindo anel, simples e delicado.

— Se você estiver pronta, adoraria que você fosse minha namorada.

— É claro que eu quero, eu quero muito, muito, muito!

Ela se inclina e seus braços envolvem a minha cintura, me puxando para um beijo apaixonado.
Ela coloca o anel em meu dedo, e ele pareceu ter sido feito pra mim.
Assim como eu fui feita para ela, e ela foi feita para mim.

Nos beijamos mais uma vez, um beijo longo e feliz, que depois se tornou outro beijo longo e feliz, e depois outro.
Gostaria de ficar ali para sempre.
Deitei meu ombro em sua cabeça e entrelacei nossas mãos, ficamos ali, assistindo o nosso pôr do sol.

Notas da Autora
Quem é vivo sempre aparece, né?
Como vocês estão? O que acharam desse capítulo?

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⏰ Última atualização: May 06 ⏰

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