Capítulo 16

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- A ida de uma zebra para Las Vegas- leu Quíron

- Deuses nos acudam- disseram Annabeth e Grover, olhando para Percy, que tinha mudado a expressão animada de seu rosto para uma expressão furiosa.

- Tá ja vi que esse dia realmente não foi dos melhores- disse Thalia olhando para o primo.

- Você não faz ideia- disse Percy, fazendo vários semideuses estremecerem com o tom de voz que o mesmo falou que era um tom um tanto quanto sombrio.


O deus da guerra nos esperava no estacionamento do restaurante.
- Bem, bem - disse ele. - Você conseguiu não ser morto.
- Você sabia que era uma armadilha - retruquei.
Ares me deu um sorriso malvado.
- Aposto que aquele ferreiro aleijado ficou surpreso quando pegou na rede um par de crianças estúpidas. Você ficou bem na tevê.

- Você realmente não tem medo de morrer né- disse Dakota em choque.

- Naquela época mais ou menos, mas hoje em dia não tenho mais tanto- disse Percy

Empurrei o escudo para ele.
- Você é um imbecil.
Annabeth e Grover pararam de respirar.
Ares agarrou o escudo e o girou no ar como massa de pizza. escudo mudou de forma, transformando-se em um colete à prova de balas. Ele o pendurou nas costas.

- Ares controle sua aura perto deles, principalmente perto do filho de Poseidon, já está havendo desastres causados pela briga entre Zeus e Poseidon e não precisamos de mais um só que dessa vez sendo causado por um semideus só porque você não quer controlar sua aura- disse Hermes.

- Ele está fazendo isso de propósito pra fazer Percy perder a paciência e para Ares ter um excelente motivo para mata-lo.

- Estão vendo aquele caminhão logo ali? - Apontou um caminhão de dezoito rodas estacionado do outro lado da rua. - É a carona de vocês. Vai levá-los direto a Los Angeles, com uma parada em Vegas.
O caminhão tinha uma placa na parte de trás, que eu só pude ler porque estava pintada ao contrário, em branco sobre preto, uma boa combinação para a dislexia: CARIDADE INTERNACIONAL: TRANSPORTE HUMANITÁRIO DE ZOOLÓGICO. CUIDADO: ANIMAIS SELVAGENS VIVOS.

- Você só pode estar de brincadeira né Ares- disse Poseidon se controlando para não dar uma surra no sobrinho- e se eles se machucarem ou algum animal machucar eles?

- Nisso eu tenho que concordar, não gosto quando ferem os animais, mas alí eles vão estar com sabe-se lá quantos animais e que podem atacar eles- disse Artemis- se isso acontecer eles vão atacar em legítima defesa e eu não vou poder culpar eles por isso.

Eu disse:
- Fala sério!
Ares estalou os dedos. A porta traseira do caminhão se destrancou.
- Carona grátis para oeste, imprestável. Pare de reclamar. E aqui está uma coisinha por ter feito o serviço.
Ele suspendeu uma mochila de náilon azul do seu guidom e a jogou para mim.
Dentro havia roupas limpas para todos nós, vinte dólares em dinheiro, uma bolsa cheia de dracmas de ouro e uma embalagem de biscoito Oreo recheado.
Eu disse:
- Não quero a porcaria do seu...
- Obrigado, Senhor Ares - interrompeu Grover, me fuzilando com seu melhor olhar de alerta vermelho. - Muito obrigado.

Todos se assustaram quando a sala começou a tremer, mas parou rapidamente, os deuses olharam para Poseidon e os semideuses olharam para Percy se perguntando quem tinha feito isso.

Rangi os dentes. Devia ser um insulto mortal recusar algo de um deus, mas eu não queria nada que Ares tivesse tocado. Pendurei a mochila no ombro relutando. Sabia que minha raiva era causada pela presença do deus da guerra, mas ainda sentia uma vontadezinha de lhe dar um murro no
nariz. Ele me lembrou de todos os valentões que já havia enfrentado: Nancy Bobofit, Clarisse, GabeCheiroso, professores debochados - todos os imbecis que me chamaram de estúpido na escola ou riram de mim quando fui expulso.

Lendo Percy Jackson e o Ladrão de Raios (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora