Capitulo 10

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Com um sorriso sinistro, ele empurra a adaga com mais força contra minha garganta, fazendo-me engasgar de pavor. — Solte a espada, ou a garota morre. — ele rosna, sua voz carregada de ameaça.

Caspian hesita por um momento, seus olhos buscando os meus em uma expressão de angústia e determinação. Com um suspiro pesado, Caspian abaixa lentamente sua espada, seu olhar nunca deixando o homem que me mantém sob sua ameaça. Uma tensão palpável paira no ar enquanto os dois homens se encaram, cada um avaliando o outro em busca de fraquezas ou oportunidades.

O homem solta uma risada zombeteira, seus olhos brilhando com um brilho perigoso. ― Sábia escolha, meu amigo.

Caspian mantém sua postura firme, sua mandíbula cerrada com uma determinação silenciosa. ― Você não ganhou nada. E você não vai sair daqui impune.

A expressão do homem escurece momentaneamente, mas ele rapidamente recupera sua compostura, um sorriso cínico cruzando seus lábios. ― Oh, você acha mesmo? Você é apenas um peão em um jogo muito maior, meu caro. Não se engane pensando que pode me desafiar.

Mas Caspian não recua, seu olhar desafiador refletindo a mesma determinação que eu vi nele desde o início. ― Você pode ter me pegado de surpresa desta vez. Mas eu não sou um homem que desiste facilmente. E eu certamente não vou deixar você sair daqui ileso depois de tudo isso.

— É o que veremos... grande "herói". — O homem disse, com desdém.

De repente, ele tirou a adaga do meu pescoço com um movimento rápido e certeiro, e antes que eu pudesse respirar aliviada, senti uma dor lancinante em minha barriga. Ele havia cravado a lâmina em mim, fazendo com que um grito agudo escapasse dos meus lábios.

- Sophia! - ouvi a voz desesperada de Caspian ecoar ao longe, enquanto eu sentia o calor do meu próprio sangue escorrendo pelo meu corpo.

O homem me soltou bruscamente e me empurrou violentamente para o chão, a faca ainda cravada em mim, a dor se intensificando a cada segundo. Minha respiração estava cada vez mais difícil, meus olhos turvos de lágrimas de dor.

Enquanto eu lutava para permanecer consciente, pude ouvir o som metálico das espadas se chocando, Caspian estava em uma luta feroz com o homem que me havia ferido. Seu rosto estava contorcido de ódio, determinado a vingar cada gota do meu sangue derramado.

O líquido vermelho escorria pelo chão, formando uma poça ao meu redor, enquanto eu lutava para manter os olhos abertos, a dor me consumindo por completo. Os gemidos de agonia escapavam da minha garganta, misturando-se ao som do confronto.

E então, em um momento de silêncio tenso, o homem caiu no chão, a espada de Caspian pressionada contra o seu pescoço. Sua voz soou fria e implacável.

- Você vai pagar por cada gota de sangue derramado, seu maldito. - sua voz era um rosnado de raiva, antes de cortar sem piedade a garganta do agressor.

Eu virei o rosto, incapaz de encarar a cena sangrenta diante de mim, concentrando-me apenas na dor que parecia insuportável. Minha visão começou a escurecer, meu corpo enfraquecido pela perda de sangue, enquanto o confronto chegava ao seu fim sangrento.

Caspian se aproximou apressadamente, seus passos ecoando no vazio do caverna. Seu olhar verde, normalmente gélido e determinado, agora transbordava preocupação e incerteza. Quando finalmente alcançou-me, hesitou por um instante, como se as palavras se enroscassem em sua garganta.

Com mãos trêmulas, ele tentou conter o sangramento que teimava em escapar pelos seus dedos, mas a dor persistia, uma constante lancinante que parecia arrastar-me para longe. Eu lutava para manter-me consciente, para não sucumbir ao abismo que se abria diante de mim.

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