Sombras do trono

Capítulo 11

Nesse momento, todo o barulho do mundo desapareceu, e era só nós dois, conectados por algo mais profundo do que palavras poderiam expressar. A proximidade de Edward era reconfortante, seu toque gentil como uma carícia para minha alma. Senti-me envolvida por uma sensação de paz e calor, enquanto ele acariciava meu rosto com ternura.

Sem hesitação, permiti-me render-me ao momento, inclinando-me para mais perto dele. Nossos lábios se encontraram em um beijo suave, carregado de promessas e emoções intensas. Cada centímetro do meu corpo ardia com a paixão que compartilhávamos, enquanto suas mãos seguravam minha cintura com ternura, trazendo-me mais perto dele.

Cada toque era como uma explosão de calor, despertando sensações há muito adormecidas dentro de mim. Eu me sentia viva, presente, cada batida do meu coração ecoando no silêncio do jardim. Minhas mãos buscaram o cabelo macio de Edward, acariciando-o com ternura enquanto eu me entregava completamente ao momento, deixando-me levar pela intensidade da nossa conexão.

No entanto, mesmo imersa naquele momento de paixão e entrega, algo começou a perturbar minha mente. Um pensamento insistente, uma preocupação que se recusava a ser ignorada. Um medo que se infiltrou em meio à felicidade que experimentávamos juntos.

Afastei-me abruptamente, quebrando o beijo e deixando a distância crescer entre nós. Pude sentir o olhar de Edward sobre mim, cheio de confusão e preocupação.

— Sophia... o que foi? — ele perguntou, seu tom de voz suave e preocupado.

As lágrimas ameaçaram inundar meus olhos enquanto eu lutava para encontrar as palavras certas. A culpa pesava em meu coração, uma sombra escura sobre a felicidade que havíamos compartilhado.

— Edward, eu... Eu sinto muito. Eu não posso fazer isso — murmurei, minha voz embargada pela culpa que se instalava em mim.

Ele franziu a testa, claramente confuso com minha reação súbita. Mas, mesmo assim, seus olhos transmitiam uma compreensão profunda e um desejo de entender.

Sem olhar para trás, eu me virei e comecei a correr pelo jardim, as lágrimas borbulhando em meus olhos e meu coração batendo descompassadamente em meu peito.

Cada passo que eu dava ecoava no silêncio do jardim, uma trilha sonora para a tempestade que rugia dentro de mim. Eu precisava de espaço, precisava de tempo para processar meus sentimentos conflitantes e as decisões que tinha que tomar.

Finalmente, cheguei à porta do meu quarto e entrei, deixando o ar fresco do jardim para trás. Meu peito arfava com o esforço da corrida, minhas pernas tremendo com a intensidade das minhas emoções.
Afundei-me na cama, as lágrimas fluindo livremente agora. Eu me sentia perdida, dividida entre o desejo de seguir meu coração e a responsabilidade de encontrar Caspian.
Enquanto me enrolava no edredom, deixei-me ser consumida pelo turbilhão de pensamentos e emoções, ansiando por clareza e paz em meio ao caos que se instalara dentro de mim.

No silêncio sufocante do meu quarto, as paredes pareciam se fechar ao meu redor. Eu estava encolhida na cama, os pensamentos girando em minha mente como uma tempestade furiosa. Uma mistura tumultuada de emoções - amor, culpa, preocupação, ódio - lutava pela minha atenção, deixando-me à beira de um colapso emocional.
De repente, uma onda de ansiedade me atingiu como um soco no estômago. Minha respiração tornou-se superficial e rápida, meu coração martelando no peito como um tambor ensurdecedor. As lágrimas escorriam pelo meu rosto enquanto eu lutava para controlar a avalanche de sentimentos que me consumia.

Caspian... meu rival, meu adversário, meu maior desafio. A imagem dele invadiu minha mente, trazendo consigo uma onda de culpa avassaladora. Como eu poderia estar aqui, cedendo aos meus sentimentos por Edward, enquanto ele estava desaparecido, talvez em perigo?
Mas ao mesmo tempo, o rosto gentil de Edward flutuava em minha mente, seus olhos cheios de compaixão e amor.