Não soube como chegou ali, mas agora assistia a um filme romântico brega na TV da sala de [Nome], aconchegando a filha de seis anos em seus braços musculosos, encarando o outro mais jovem.
Existia algo entre estar apaixonado e estar apaixonado de verdade. Não era como algo passageiro, uma paixão de verão que eventualmente seria esquecida. Era real, real até demais. Alejandro estava desesperado, contendo a respiração, tentando disfarçar o rubor extremo nas bochechas.
Quando foi que chegaram ao ponto exato onde estavam agora? Talvez na sua primeira visita a casa do professor, onde acabou ficando até tarde da noite por que Francesca se recusava a sair antes de terminar seu episódio favorito de desenho, ou quando ajudou-o com a lâmpada queimada de sua dispensa. Talvez tenha sido quando começou a perceber cada característica sobre ele.
A forma desajeitada de falar e agir, a voz doce, a personalidade engraçada. Não importava. Ele estava apaixonado e teria que admitir em algum momento.
- Então... - O mexicano indagou, pigarreando numa tentativa de afastar o nervosismo. - A quanto tempo você trabalha como professor?
[Nome] o olhou, e então sorriu.
- Não lembro exatamente. - Ele riu, olhando para a tela a sua frente. - Sempre gostei de crianças, de trabalhar com elas, no caso. É algo diferente, sabe? Cada um tem seu jeito próprio e deve-se saber respeitar isso, mesmo que seja difícil.
Deveria ser verdade, ele não sabia dizer, odiava criar uma filha pequena sozinho, a falta de uma figura materna na vida da menina era o suficiente para fazer seu estômago revirar totalmente.
- Me responda algo, senhor Vargas... O que aconteceu com a mãe de Francesa? - O jovem perguntou, a voz beirando a curiosidade.
- Abandonou-a um ano depois de nascer. - Alejandro suspirou, esfregando a barba. - Ela não se sentia preparada para criar uma criança. Foi um acidente, um caso de uma noite que acabou resultando numa gravidez. Pensamos em abortar, mas acabei não tendo coragem de continuar com isso...
[Nome] desviou o olhar, claramente desconfortável com a conversa em questão. Pausando a TV, ele encarou o militar.
- Você bebe tequila?
"
Sentaram na sacada da casa, ambos observando o céu nublado e chuvoso. Alejandro bebia avidamente do copo cheio, mantendo o olhar no homem ao seu lado o tempo inteiro.
- Você é muito gentil, de verdade. - Ele disse, encarando a filha por poucos segundos.
Naquele instante, questionou-se de sua sexualidade. Não compreendia a atração implacável por aquele jovem professor, mas não conseguia negar o sentimento, se entregando a ele.
Ele estava a mercê de [Nome]. Sempre estaria.
[Nome] o olhou, as bochechas vermelhas tanto pela bebida quanto por uma vergonha imensa que começou a sentir repentinamente. Ele se inclinou, a mão encostada no pescoço do outro, lábios a milímetros de distância, narizes se tocando de forma melosa e romântica.
Mesmo confuso, o mais velho se entregou ao momento, permitindo que aquilo fluísse naturalmente. Finalmente, admitindo seus sentimentos por aquele homem tão distindo de sua realidade, o beijou com ternura e graça.
- Talvez... Talvez eu te ame, [Nome]. Mais do que posso explicar.
"
- Achei esse capítulo muito meloso, não sou boa escrevendo MLM;
- Enfim, aqui está a parte 2 da melação entre Alejandro Vargas e o protagonista dessa história. Não planejo fazer um bot disso, mas talvez eu faça quando achar tempo e disposição;
- Curto porque eu não tinha ideias.
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NASCENTE : CALL OF DUTY; one-shot & headcanon PT|BR
FanfictionScenario's & headcanon's inspirados no jogo Call of Duty. tiktok: riverxyo - A personalidade dos personagens podem não coincidir com a realidade!