- 'Missão de inverno; könig

673 45 2
                                    

Havia algo sobre trabalhar em um lugar cheio de homens como o quartel; o medo de ser colocada em uma missão com um total desconhecido.

Então, quando fora colocada para trabalhar com seu Coronel, König, um grande sorriso emergiu em seu rosto. Existia uma grande diferença entre o seu eu no trabalho e o seu eu fora do trabalho, pelo menos foi assim que sempre pensou ao ver a maneira como o homem agia em relação a sua parceira.

Se conheciam a anos incontáveis, desde a infância. Mesmo que ele fosse mais velho, sempre conseguiram manter uma grande amizade em meio a todos os desafios de suas vidas tumultuadas e, quando decidiu entrar no exército, [Nome] não tardou em acompanhá-lo.

Entraram juntos no quartel, se esforçaram e atingiram patentes altas depois de muito tempo de esforço. Foi aí que König começou a notar um sentimento quente em relação a sua melhor amiga de infância. Era como se seu coração transbordasse de felicidade ao vê-la, aquele sorriso encantador que sempre formava rugas fofas em torno de seus olhos calorosos, a forma como sempre o encorajava a continuar com o que fazia mesmo em meio às dificuldades.

Ele estava apaixonado. Muito apaixonado.

Aqui — disse o homem, alcançando para ela uma xícara com um líquido morno. — É cidra. Deve te ajudar um pouco. Foi a única coisa ainda não vencida que achei.

Eles estavam num bangalô antigo no meio da floresta, se escondendo do frio. Rajadas de vento fortes atingiam as janelas frágeis do lugar, acompanhadas por um frio intenso e uma nevasca forte.

[Nome] estava encolhida na frente de uma fogueira improvisada feita por ele, aconchegada em diversas camadas dos finos cobertores empoeirados e velhos que encontraram ao explorar a pequena casa de três cômodos. As luzes não funcionavam, então tinham como única fonte de iluminação o fogo que mal se fazia presente no lugar.

— Obrigada — a mulher agradeceu, levando a xícara até os lábios antes de finalmente beber do líquido, fazendo uma careta. — É amargo.

— Huh? — ele a encarou, arqueando a sobrancelha. — Ah merda... Deve estar vencido, mein liebe. Eu vou tentar achar outra coisa e...

König parou de falar quando viu a expressão confusa no rosto da moça, corando violentamente por baixo da máscara escura que usava. Por um instante, ele se sentiu congelar no lugar, sem saber se era por frio ou pela frenesi de seu coração.

Sentindo os batimentos acelerados, ele deslizou até o chão, sentando-se próximo a ela, mãos se tocando sutilmente. Sentiu os dedos de [Nome] se entrelaçarem aos dele, fazendo com que estremecesse ao seu lado, impossibilitando-se de disfarçar o sentimento quente que sentia pela moça.

Ele a observou, analisando as pequenas marcas em seu rosto, revelando sua idade não tão avançada assim. Se sentiu tímido, sentindo na pele os beijos dispostos pelo vento. Abraçou o amor que sentia por ela, corado, então se virou.

— Você sabe como sentir uma sensação quente no peito quando está próximo de alguém, [Nome]? — König questionou, aproximando a mão enluvada de seu rosto, trilhando as feições femininas com carinho.

Não houve resposta, não naquele momento.

— Eu me sinto assim... Por você, mein liebe — falou o homem, removendo o pano de seu rosto, mostrando seu rosto deteriorado pelos anos de vida. — Sempre me senti, já verdade. — soltou um suspiro.

Olhando para seus olhos encantadores, se inclinou, deixando curtos centímetros entre ambos os lábios.

— Você é tão linda que chega a doer... Sério. Eu não consigo aguentar o pensamento de que você não é minha. E eu quero que você seja minha, mein liebe. Por favor, me dê uma chance.

Ela corou ao ouvir o apelo feito pelo homem, não achando palavras para responder as falas amorosas dele.

Se inclinando, ela o beijou.

NASCENTE : CALL OF DUTY; one-shot & headcanon PT|BROnde histórias criam vida. Descubra agora