14. eu quero você

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A informação saiu como um torpedo, ligando todos os pontos, a realidade cruel de que um velho amigo se tornara um traidor, era devastador.
Saímos do bar até uma pousada que Harry havia alugado em casos de emergência, eu o seguia sem verbalizar nenhuma palavra, o medo de sermos reconhecidos falava mais alto.

–Zayn sabe que estou em Moscou esse tempo todo, como também de você, por que não nos dedurou quando teve a chance?–Estava atônita, a expressão de Harry era confusa, não sabia decifrar no que ele pensava, arrisco dizer que nem mesmo ele sabia.

Quebro o silêncio assim que entramos no quarto minúsculo e ele fecha a porta. Havia somente uma cama e uma escrivaninha de madeira velha, o cheiro de mofo, entorpecia e sufocava qualquer pessoa que habitasse aquele lugar, pensei nas crianças brincando lá embaixo, na vida que viviam aqui dentro, fui retirada dos meus pensamentos ao perceber Harry, que arrastava a cadeira e se sentava, repeti o movimento, me sentando na cama a sua frente.

–Ele não sabe que estou aqui, se soubesse, meu corpo estaria em uma vala qualquer. Os informantes dele pensam que ainda estou em Marrocos, meu nome e passaporte foram muito bem alterados, antes do meu retorno a Moscou.–Harry parecia montar uma teoria, enquanto esfregava freneticamente sua mão em seu queixo.–Enquanto a você, não consigo pensar em nenhum motivo melhor do que, talvez, a fagulha de humanidade que restou nele.

–Quando os pais dele morreram, ele se afastou de todos, não ia mais as aulas, mas eu me aproximei, ia no quarto dele todas as manhãs, almoçávamos juntos, até ele finalmente se formar.–Lembro de Zayn, da nossa amizade, ele não era uma pessoa ruim.

–O que você vai fazer com essa informação?–Harry olha profundamente em meus olhos.

–Eu não sei, não quero entrega-lo sem ao menos uma explicação, como também não quero arruinar a minha missão tomando uma decisão precipitada.

–Fuja comigo, que se fodam explicações ou missões.–Ele fala firme, seus olhos não ousavam desviar dos meus.– Nossa vida vale bem mais do que uma guerra de ego de nações. Lembra quando conversamos naquele café? Sobre como queríamos que fosse nossas vidas, não há um dia que não me pego pensando nessa conversa, poderíamos fazer isso juntos.–Ele segura a minha mão com força.

–Har-ry. E-eu, eu não posso.

Desvio meu olhar para o chão, não conseguia encara-lo, eu realmente não poderia, não confiava mais nele, o que era diferente de não querer, pois se pudesse estaria até em outro planeta com Harry Styles.

–Eu não posso ficar, é arriscadodemais, caso Zayn descubra minha estadia em Moscou, uma palavra dele seria meu fim, antes mesmo que ele conseguisse provar algo, mas não quero deixa-la, não de novo.–Harry desvia seu olhar para o chão, suas pernas tremiam.

–Harry, pode ser a ultima vez que nos vemos, então vou pedir que seja sincero, por que Moscou? por que não ficou em Marrocos? Ficou com Rosalinda, já sabendo que ela não se interessava por você, fez com que ela entrasse justamente no meu ateliê, por favor, Harry, eu imploro pela verdade.

–Zoe.–Ele faz uma longa pausa em busca de palavras.–A única coisa que posso dizer, é que o motivo de tudo isso, sempre foi você. Voltar de Marrocos, ficar aqui, estar com uma mulher,da alta sociedade, que não iria me desejar, ou se perguntar o motivo de eu não investir, sexualmente falando.–Ele para de falar, presumi que queria ver minha reação, mas eu não tinha.– Desde o dia que nos conhecemos, que eu te salvei de não ser morta por alguém como William ou Martov, é só você que me vem a mente o tempo inteiro.

–Você não me salvou, eu poderia me cuidar sozinha.–Corto ele, irritada.

–Eu sei disso.– Ele ri anasalado.– Sua independência, senso de liberdade, ideias e merda... Aquele beijo, todos se juntaram para confirmar que eu não poderia ficar longe de você, mesmo se eu tentasse, e você pode comprovar que eu tentei.

Harry levanta da cadeira e se aproxima de mim na cama, se ajoelhando para olhar nos meus olhos, ele brinca com os fios dos meus cabelos ruivos, enquanto eu sinto que vou desaprendendo a respirar pouco a pouco.

–Você pode me falar que me quer, tanto  quanto, eu te quero? –Harry chega mais perto, tocando meu rosto, não me deixando desviar do seu olhar.

Não respondo, responder significaria dar uma fagulha de esperança, significaria fugir com ele, fugir nunca esteve em meus planos, mas Harry estava, deixar ele revirar minha vida, minha estrutura, meus pensamentos, era como uma função inata, como se estivesse dentro de mim, adormecido, entorpecido e acabado de acordar após o toque dele.

–Eu tenho medo.–Revelei, era o único sentimento que sobressaia, além daquele fugaz ardor do meu peito que clamava por Harry Styles.

–Eu também.–Ele revela.–Mas as melhores coisas são assim.

     Harry não me deixa responder, selando nossas bocas, eu não retrucaria, queria aquilo tanto quanto ele, nossas línguas em uma sintonia perfeita. Ele se deita por cima de mim, não ousando desfazer a conexão que nossos lábios faziam.
   
   Suas mãos passeavam pelo meu corpo inteiro, tocando pontos sensíveis, me fazendo arfar a cada toque, a cada beijo, e eu não queria parar, mas Harry cessa, apenas para retirar, com delicadeza, meu vestido, que em um piscar de olhos, parou na outra extremidade do quarto, me deixando apenas com minhas roupas intimas.

–Você é tão...–Ele tenta achar palavras.

–Esquisita?–Falei a primeira coisa que veio a minha mente.

–Gostosa! Você é gostosa para caralho, Zoe.–Ele se abaixa para falar no meu ouvido, sussurrando, para que apenas eu pudesse ouvir.

Eu sorri, constrangida, era a primeira vez que alguém se referia a mim desse jeito, com palavras de baixa calão, combinadas a um sotaque britânico hipnotizante, meu corpo pegava fogo e Harry se tornara o combustível.

Ele tira seu sobretudo, e eu ajudo com o restos das roupas, até ficarmos ali, despidos de qualquer roupa, roçando nossas intimidades, entre beijos, que ficavam cade vez mais cheios de desejos, e gemidos que preenchiam o vazio do quarto.

–Zoe, eu quero que você seja minha.–Ele pressiona ainda mais nossos corpos, me fazendo, involuntariamente, soltar mais um gemido entre os vários que assolaram o quarto naquele dia.–Eu posso?

Assenti, aquele ponto, eu não negaria nenhum pedido dele, e sem mais nenhum aviso prévio Harry me preencheu, e meu clamor, a partir de então, se tornaram ainda mais constantes, a cada estocada, uma sensação nova tomava meu corpo, dos pés a cabeça.

–Mais rápido, Harry.

Ele obedeceu, só para eu ter o prazer de descobrir que havia como ficar melhor. Minhas pernas, em volta do tronco dele, as estocadas cada vez mais profundas, os beijos que ansiavam por outros beijos cada vez mais, toda a sinfonia que orquestrávamos no quarto, até o ápice de nossos prazeres.

–Harry, eu vou...

A frase não foi completada, gozamos ali, juntos, eu sentindo o membro de Harry dentro das minhas partes que contraiam e dilatavam na sensação mais perfeita que poderia sentir na vida.

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Oi menines! como vao? espero q tenham gostado, comentem se sim, e se nao tambem. Cap ainda sem revisao

My dark secret Onde histórias criam vida. Descubra agora