My dark secret

10.whisky e gelo

Sirvo um copo de whisky com gelo para Harry, que não parava com as investidas fajutas dele e eu fingia não gostar mas confesso que estava adorando.

–É bom ter um rosto familiar.–Ele da um gole no copo enquanto me observa acender a lareira.–Se está decidido que para você eu não sou um aliado, ficarei parado esperando que me mate, não gostaria de viver em um mundo em que me considera como seu inimigo.

–Não me venha com ilusões, Styles, nós dois sabemos que eu não sou nada para você.–Falei olhando no fundo dos olhos dele.

–Você ficaria surpresa se soubesse como está errada.–Ele sussurra, mas eu escuto

Ignoro o devaneio dele, não estou afim de ser iludida e muito menos quero algum tipo de envolvimento amoroso.

–O que Zayn mentiu sobre mim? –Harry se levanta e chega perto de mim

–Falou que você não era confiável, que era um caçador de recompensas e que tem algum tipo de obsessão sobre descobrir quem matou meu pai.

–E o que você acha sobre isso?–Ele chega ainda mais perto, e eu fico sem saída, pois a parede atrás de mim me impedia de fugir, e eu também não queria.

–Acho que estou pagando para ver onde tudo isso vai dar.

Ele da um sorriso e me sinto hipnotizada, esse efeito parece aumentar na medida que nossas respirações se misturam com a aproximação perigosa dele.

–Har-ry...–Tento protestar mas soou mais como um gemido.

    Ele coloca o dedo indicador no meio dos meus lábios, como uma súplica para que eu não hesitasse, olhando diretamente em meus olhos, sinto meu corpo ceder a todas investidas dele, e a esse ponto eu não queria que parassem.

    Harry leva suas mãos firmes até minha cintura, colando nossos corpos, e a distinção de certo e errado já não faziam mais sentido na minha cabeça, eu queria aquilo, ainda que fosse difícil de admitir.

Quando eu menos esperei, Harry sela nossos lábios em um beijo que fazia com que meu corpo todo explodisse em desejo, nossas línguas travavam uma guerra de sincronia perfeita, enquanto ele tocava meu corpo, me fazendo descobrir sensações completamente novas para mim.

Fomos obrigados a parar para respirar, e confesso que não queria, e não queria saber da provável reação cafajeste que ele teria após o beijo, especifica do tipo de homem que ele é.

–Isso foi...–Ele diz tentando procurar a palavra certa.

–Estranho?–Perguntei, com medo da resposta.

–Não. Isso foi único.

Após nosso beijo a onda de calor no meu corpo e a tensão do quarto pareciam aumentar, o silêncio constrangedor entre nós dois era nítido.

–Quanto a Rosalinda? Ela não ficaria com ciúmes? –Falei para quebrar o gelo, mas logo me arrependo.

–Pela amor Deus, Zoe, eu não misturo trabalho com vida pessoal.–Ele diz tirando um cigarro da carteira.

–Então isso aqui é pessoal?–Sinto meu coração acelerar as batidas.

Harry sorri com malícia enquanto solta a fumaça do cigarro, percebo que não vou obter resposta para essa pergunta, e não sei se realmente quero.

–É melhor que isso não se repita, podemos comprometer nossas missões e é a ultima coisa que eu quero.

–Eu não pretendo parar.–Harry falou simples.

–Acho melhor você ir, está tarde, Rosalinda te espera.–Abro a porta da sacada, sei que no nosso mundo, nossa relação não tem espaço para portas da frente.

–Você fica linda com ciúmes, sabia?

Harry me beija na bochecha e sai pela sacada me deixando mais uma vez com um turbilhão de pensamentos, e dessa vez com sentimentos para encher um navio.