6.teorias mirabolantes

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Olho para Harry que não entendia o que acabara de acontecer.

–Sua missão mirabolante, vai custar minha vida, estou como uma das suspeitas para a morte de William.

Harry mudou sua feição de confusão para um sorriso sarcástico em seu rosto, passando em minha cabeça que eu cavei minha própria cova ao acreditar nele.

–Zoe, você está sim como suspeita, mas só até descobrirem que Martov era um bêbado, traidor, que estava tramando com os Estados Unidos. William descobriu e foi indaga-lo sobre essa história, justamente, quando você tinha acabado de deixar a sala.

–A entendi.–Falei descrente.– e como você acha que essa teoria mirabolante vai colar?

–Ligações falsas do telefone de Martov para o governo de inteligência americano, dinheiro americano depositado as escondidas durante meses na conta dele, e esse documento que está na sua mão, esse documento é confidencial entre William e Markov, e claro, a esposa de William.

–A esposa dele?–Indaguei em confusão

–Digamos que a esposa de William não resiste a um britânico de olhos verdes, e o corno do russo não segura nenhuma informação.–Ele fala disso com orgulho– Então, após vários encontros as escondidas com ela, me geraram informações. Simplificando, nesse momento, Markov está sendo acusado de traição.

–E aí que eu entro, não é?– Falo como se fosse óbvio.– cedendo a informação que eu tenho, toda essa "teoria mirabolante" irá se comprovar. – coloco a mão na cabeça em negação ao que acabara de concluir.

–Garota esperta.–Ele sorri

–Por isso que você precisava de mim viva, e não me matou assim que entrou naquele escritório. O que você ganha com tudo isso, Harry?

–Muito mais coisa do que um dia você pode imaginar.

O silêncio nos próximos segundos se fez presente, até porque estava sendo muito para absorver em uma noite, não fazia ideia do que a pessoa na minha frente era capaz de fazer,  nem para quem era capaz de fazer, eu só tinha um sentimento no fundo do meu coração, que tinha acabado de arrumar um grande problema.

–Foi uma péssima hora para aquele informante bater na porta, não acha?–Harry quebra o gelo.

–Discordo, não poderia haver melhor hora.

–Você precisa assumir que gostou, eu sou uma incógnita para você, e sei que gosta disso.–Ele se aproxima de mim novamente.

–É melhor você ir, Harry.–Falei me dirigindo a porta do quarto e abrindo

–Foi um prazer conhecer você, finalmente.–Ele para na porta e se aproxima do meu ouvido.–Zoe Smith. –Ele deposita um beijo na minha bochecha.

Estremeço. Nunca me senti assim. Fecho a porta, imediatamente. Harry. era tudo que eu sabia, daquele rapaz, e nem sei se era esse o nome verdadeiro. Me jogo na cama, tentando organizar todos os pensamentos, amanhã seria outro longo dia.

My dark secret Onde histórias criam vida. Descubra agora