13- All The Blood

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*aviso de capítulo grande pra caralho<3

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*aviso de capítulo grande pra caralho<3

Violet se sentou na cama num pulo, o ar fugindo de seus pulmões. O quarto parecia fechado, sufocante. Ela abriu a boca em busca de oxigênio, mas o que encontrou foi uma dor aguda nos pulmões, como se algo estivesse errado dentro de si. Suas mãos se apertaram nos lençóis, e as luzes amareladas do quarto castigavam seus olhos sensíveis, como se cada raio de luz fosse uma lâmina penetrando seu crânio.

Os sons ao redor pareciam distorcidos. Cada farfalhar do tecido, cada respiração sua, eram amplificados como se o mundo tivesse sido transformado em uma caixa de ressonância. A cabeça latejava, e sua visão ficou embaçada por alguns segundos, mas o que a perturbava de verdade era o peso novo que sentia em sua mente e corpo. Algo tinha mudado.

Foi quando Damon entrou apressado no quarto. Seus olhos, antes calmos, agora estavam cheios de tensão. Ele se sentou ao lado dela na cama, a presença dele vibrando com uma intensidade que Violet nunca havia sentido antes. Ele estendeu a mão para segurar a dela, mas assim que seus dedos se tocaram, Violet puxou a mão rapidamente, como se um choque tivesse percorrido cada centímetro de sua pele.

— Damon, você... — Ela começou, a voz dela saindo rouca e trêmula. As palavras falhavam, mas ela não precisava terminá-las. As lembranças vieram em flashes dolorosos, rápidos e fragmentados, mas com uma clareza que parecia cruel: a dor, o desespero, o gosto metálico de sangue. Ela sabia o que aquilo significava, o que havia acontecido.

Damon não desviou o olhar, e sua expressão era de uma mistura de culpa e resolução. Quando ele falou, sua voz era baixa, quase como se estivesse tentando abafar o impacto da verdade.

— Eu tive que fazer, Violet. — Ele disse, sem rodeios, mas com um peso que parecia lhe esmagar por dentro. — Se você não completar a transição, vai morrer.

O silêncio que seguiu foi sufocante. Não o silêncio típico, mas algo muito mais perturbador. Para Violet, o mundo ao redor parecia gritar. Cada pequeno som—o zumbido da eletricidade nas lâmpadas, o ranger distante do piso, a respiração constante de Damon—era ensurdecedor. Ela apertou os ouvidos com as mãos, como se pudesse bloquear aquele bombardeio de estímulos, mas nada parecia funcionar.

E então, de repente, uma memória invadiu sua mente. Era como ser lançada no passado sem aviso, como se estivesse vivendo aquele momento de novo. As imagens eram nítidas: os lençóis brancos de seda envolvendo seus corpos nus, a luz suave da manhã entrando pela janela, e o calor da pele dele contra a sua. Os olhos verdes claros dela refletiam a luz do sol, e ela pôde sentir o cheiro dele, o toque dele, como se estivesse lá, naquele instante perfeito, de uma vida que parecia tão distante agora.

— Ei, Violet. — A voz de Damon trouxe-a de volta, arrancando-a da memória tão abruptamente quanto havia chegado. Seus olhos encontraram os dele, e ela percebeu que nunca havia visto aquele azul tão brilhante e penetrante como agora. Um arrepio subiu por sua espinha.

All The Violets In The World - Damon Salvatore Onde histórias criam vida. Descubra agora