ardeur

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Notas: Depois de um hiato de algumas semanas voltamos com a programação quase normal (está na ordem errada, mas essa história ficou pronta primeiro). Bom, esse é o final dessa fic. Espero que gostem e por favor não deixem de nos contar se for o caso ❤️

(ꈍᴗꈍ)ε`*)

Entre num maldito táxi e mostre o endereço a ele.

Zoro ainda podia escutar a voz de Sanji o xingando numa mensagem de áudio. Não é como se ele quisesse ter perdido a hora de buscá-lo no aeroporto, mas Sanji também estava sendo injusto. Será que ele sequer fazia ideia de quantas porcarias de ônibus existiam em Tóquio e quantas merdas de linhas de trem? Zoro nunca sequer tinha ido até ali.

No fim, Sanji apenas o xingou em pelo menos três línguas diferentes e disse que ia direto para o Airbnb que havia alugado para sua estadia e Zoro que fosse encontrá-lo lá.

Não ouse sair em nenhum outro lugar nem dar um passo que não seja em direção ao prédio que ele te mostrar.

Ele bufou dentro do táxi quando o motorista disse que a viagem ia ser um pouco longa e perguntou se ele queria parar numa loja de conveniência quando ouviu sua barriga roncar. Zoro disse que não.

Não confie em você mesmo.

Aquela era a pior parte. Zoro precisava enfiar todo seu orgulho no rabo e confirmar passo a passo que dava, com o taxista qual era exatamente o prédio, com alguém que estava saindo do lugar o nome e número, com a pessoa que estava esperando o elevador se era por ali mesmo que conseguia chegar no bloco de Sanji. Pior que isso só se contratasse uma babá para pegar na sua mão e levá-lo ao destino, era vergonhoso.

Mas um rosto corado era um preço pequeno demais a pagar. A verdade era que Zoro estava tão ansioso e afobado que seus batimentos cardíacos não paravam no lugar, as mãos suadas quase derrubando o celular enquanto pressionava o botão de ligação na frente da porta que supostamente era a dele.

— Alô?

— Por favor não me diga que sabe-se deus como foi parar, sei lá, em Hokkaido.

— Não.

— Então?

— Bom, essa é a última vez.

— Quê? Seu louco.

— Que a gente vai se falar desse jeito.

Zoro sabia que não era a última, não de forma realista. Que pessoas que conviviam juntas ainda assim ligavam umas para as outras de vez em quando. Mas não era isso que ele queria dizer. Aquela era realmente a última vez que fariam aquilo porque era a única opção, porque nunca haviam se visto de outra forma que não virtualmente, escutado as vozes um do outro de forma natural e clara sem nenhum ruído de gravação ou interferência.

— Tô na porta.

O coração de Sanji falhou uma batida ao ouvir aquelas palavras. Finalmente, depois de tanto tempo, anos, iriam se encontrar. Tanto esforço para alcançar esse objetivo, enfim poderiam sentir o toque um do outro.

Talvez ele foi atender a porta um pouco mais desesperado do que o planejado. Deveria agir de forma mais tranquila, sem demonstrar o quanto estava ansiando em encontrá-lo. Foda-se. Ele abriu a porta com o maior sorriso existente no rosto.

O que fazer? Pular em cima dele e enchê-lo de beijos? Fingir ser recatado e do lar e esperar que Zoro fizesse alguma coisa? Ah, dane-se. Nem se tentasse conseguiria, especialmente usando aquela roupinha fetichista de uma colegial japonesa, a sainha plissada e a camisa justa em seu corpo, a meia calça marcando sua perna e o deixando muito mais sensual do que o planejado.

Across the Seven Seas - ZoSan Onde histórias criam vida. Descubra agora