PROLOGO

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Quando me disseram que o amor poderia machucar, eu recusei acreditar

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Quando me disseram que o amor poderia machucar, eu recusei acreditar. Como algo tão sublime poderia ser tão cruel? Era um conceito que eu não conseguia imaginar, até que a realidade se impôs de maneira implacável. Apaixonei-me por alguém que, com a mais perfeita máscara de sinceridade, me usou como um brinquedo, sussurrou palavras de ternura apenas para desaparecer e me tratar como se eu fosse descartável. Eu me iludi, tecendo sonhos e esperanças que eram apenas reflexos da minha própria imaginação. Apaixonei-me sozinha.

Poderia seguir o conselho de perdoar, como dizem que é o melhor caminho para liberar o peso das mágoas, mas será que realmente importa o que os outros dizem? Eu acreditava que sim, até ser cruelmente desiludida. Fui ingênua ao confiar. Não que o amor não seja real; ele é genuíno quando é mútuo, quando ambos se entregam de coração. Mas esse não foi o meu caso.

Lorcan Ironheart me tratou como um objeto de uso temporário. Com suas palavras envolventes, conseguiu me atrair, e quando seu desejo se esgotou, me descartou com uma frieza que cortou mais profundo do que qualquer lâmina. A traição não estava apenas no ato de me abandonar, mas na indiferença com que o fez. Ele poderia me pedir perdão, mas como perdoar alguém que não demonstra um pingo de arrependimento? O que fazer quando o arrependimento parece ser apenas uma fachada, quando não há sinais reais de que o outro compreende a profundidade da dor que causou?

O pior é que, apesar das lágrimas que derramei, da dor que me consumiu e dos pedaços de mim que ficaram pelo caminho, ainda o amo. E, ao mesmo tempo, sinto um ódio ardente que não consigo apagar. O amor e o ódio se entrelaçam dentro de mim, formando uma mistura explosiva que parece consumir minha alma. É uma tormenta incessante que dilacera meus sentimentos, uma dor profunda e indescritível que não consigo resolver.

Cada pensamento sobre ele é um lembrete da traição, um ciclo interminável de angústia e confusão. O amor que sinto por Lorcan é um veneno que corroí meu coração, mas ao mesmo tempo, o ódio que sinto por ele é um fogo que não consigo controlar. São sentimentos que se chocam e se fundem, uma tempestade emocional que me arrasta para um abismo sem fim. Estou presa entre o desejo de deixá-lo para trás e a dor de ainda o querer, uma batalha interna que não parece ter solução.

Neste caos de emoções, sou apenas uma sombra de quem eu costumava ser, perdida em um mar de sentimentos conflitantes, sem saber se algum dia encontrarei paz ou se estarei eternamente condenada a viver nesta tormenta interna.

Among The Shadows: (Os Profanos) Livro 01Onde histórias criam vida. Descubra agora