⚠️ESSA OBRA E UM DARK ROMANCE! ⚠️
Rowena sempre sentiu que algo estava profundamente errado, uma sensação que se intensificava com as dores repentinas e memórias fragmentadas que a atormentavam. Ela tenta ignorar o que não pode entender, até que Lor...
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"Você tem o diabo em seus olhos" hippie sabotage - devil eyes
Ela era mais letal que qualquer veneno, mais devastadora que qualquer maldição. Uma entidade feita de escuridão e fogo, uma força capaz de consumir tudo ao redor - e, no entanto, eu não conseguia afastar meus olhos dela. Rowena Aurelius era a personificação de tudo que havia de sombrio e arrebatador neste mundo, e eu estava acorrentado a ela por fios invisíveis que me sufocavam e seduziam.
Cada vez que me olhava - mesmo com aquele desprezo que corroía minha alma - sentia algo em mim ruir. Eu me sentia tão pequeno, frágil, e ao mesmo tempo, mais vivo do que jamais fui. Em um instante, ela me arrastava do céu ao inferno, e eu sabia que ela tinha esse poder, sabia que eu era um nada diante dela. Sabia que me ajoelharia e beijaria o chão que ela pisa se ela ordenasse.
Meu corpo era dela, minha mente era dela, cada fibra da minha existência era dela. Ela poderia me despedaçar, arrancar cada pedaço da minha sanidade, e eu ainda assim abriria meus braços, recebendo o golpe, agradecido pela destruição. Eu ansiava ser o brinquedo que ela usaria e descartaria quando se cansasse. E, se para isso eu precisasse viver debaixo da sombra do ódio dela, que fosse assim. A dor de ser ignorado, de ser desprezado por ela, era melhor do que qualquer outra coisa que o mundo pudesse oferecer.
No instante em que nossos olhares se cruzaram, o mundo morreu. Não existia nada além de nós dois, presos nessa dança mórbida, nessa obsessão que me destruía e reconstruía a cada segundo. Ela me odiava, disso eu sabia - e por isso, eu a adorava ainda mais. Eu odiava o que ela me fazia, odiava a minha fraqueza diante dela, mas, ao mesmo tempo, desejava me afundar mais e mais nessa devoção insana.
Minha pequena demônia. Meu inferno pessoal.
Um movimento repentino me tirou do transe. O brutamontes que ela derrubara se levantou, bisturi em punho, e, em um piscar de olhos, ele a acertou. A lâmina afundou em sua carne, e meu coração parou. Senti o sangue ferver, o ódio cego se misturar com um medo que jamais admitiria. Vi o sangue escorrer de sua barriga e, por um segundo, fui tomado por uma fúria assassina, pronto para destruir qualquer um que ousasse tocar nela. Dei um passo à frente, mas Alexander me lançou um olhar que me paralisou, prendendo meu instinto de proteção na garganta. Eu tremia, meu corpo pulsava com uma raiva cega, mas, por ora, me detive.
Mas então a vi. Algo mudou nela. A Rowena que se ergueu depois do golpe não era uma garota ferida. A expressão em seu rosto era algo além da raiva; era uma calmaria insana, um sorriso doentio que me arrepiou até os ossos. E, naquele instante, ela se transformou no próprio inferno.
Ela avançou sobre o desgraçado, e eu assisti, hipnotizado, enquanto ela o destruía. Suas unhas rasgavam o olho dele, seus punhos desferiam golpes brutais, seu olhar transbordava uma escuridão insaciável. Ela era uma tempestade, uma força sem controle, e eu? Eu apenas a observava, fascinado, encantado pela violência, pelo caos que emanava dela como uma aura maligna.