⚠️ESSA OBRA E UM DARK ROMANCE! ⚠️
Rowena sempre sentiu que algo estava profundamente errado, uma sensação que se intensificava com as dores repentinas e memórias fragmentadas que a atormentavam. Ela tenta ignorar o que não pode entender, até que Lor...
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Culpa. Culpa. Culpa.
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Vingança. É uma das coisas que me mantém vivo. Não é escolha, é instinto. Um parasita que se alimenta daquilo que restou de mim. E, honestamente? Eu deixo. Porque, no final das contas, o que mais tenho além disso?
Minha vida acabou naquele dia, no instante em que eles decidiram brincar de Deus e me usar como o cordeiro do sacrifício. Desde então, tudo o que faço é existir - não viver, não respirar, apenas carregar o peso de memórias que nunca irão embora.
Eles mataram quem eu era. E eu vou matar tudo o que eles amam.
Tinha apenas sete anos. Era uma manhã qualquer, ou pelo menos parecia ser. Meu pai estava inquieto, como sempre, mexendo em papéis e murmurando coisas que ninguém entendia. Minha mãe, por outro lado, estava diferente. Ela olhava para mim como se eu fosse desaparecer a qualquer momento. Seus olhos estavam vermelhos, e ela não conseguia me encarar por muito tempo.
"- Por que você está chorando, mãe? - perguntei, confuso, enquanto a via secar o rosto às pressas.
Ela forçou um sorriso, mas suas mãos tremiam.
- Não é nada, meu amor. Eu só... estava pensando em como você está crescendo rápido."
Na época, acreditei. Por que não acreditaria? Eu era uma criança, e crianças não sabem como o mundo pode ser cruel.
Quando meu pai insistiu para que eu fosse com eles ao laboratório, estranhei. Ele nunca me levava para lugar nenhum. Sempre ocupado demais, sempre com pressa, sempre irritado com a minha presença. Mas naquela manhã, ele me chamou, e eu fui. Talvez parte de mim quisesse agradá-lo. Talvez eu só quisesse entender por que ele nunca parecia me amar como minha mãe amava.
Chegando lá, ele me deixou em uma sala pequena, dizendo que voltaria em breve.
"- Espere aqui. Não saia, entendeu?
Ele não me olhou nos olhos.
- Sim, senhor - respondi, porque era assim que ele gostava. Respeito absoluto, obediência sem questionamentos.
Minha mãe hesitou. Seus olhos estavam fixos nos meus, e ela parecia querer dizer algo, mas meu pai a puxou pelo braço.
- Vamos logo. Não temos o dia todo."
Esperei por minutos, talvez horas. A sala era fria, silenciosa, e tudo parecia errado. Havia algo no ar que fazia meu coração bater rápido demais.
Então, ouvi os gritos.
No começo, eram baixos, abafados, mas logo se tornaram impossíveis de ignorar. Meu instinto foi sair correndo, mas as pernas estavam trêmulas. Era como se meu corpo soubesse o que estava prestes a acontecer, mas minha mente se recusasse a aceitar.