⚠️ESSA OBRA E UM DARK ROMANCE! ⚠️
Rowena sempre sentiu que algo estava profundamente errado, uma sensação que se intensificava com as dores repentinas e memórias fragmentadas que a atormentavam. Ela tenta ignorar o que não pode entender, até que Lor...
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"Vocês realmente acreditam que podem me derrotar? Não passam de vermes patéticos, insignificantes e repugnantes, destinados a rastejar sob meus pés."
ATUALMENTE 2025 - NOVA IORQUE
Talvez eu fosse vista como uma aberração. Uma criatura deformada pela obsessão, uma marionete manipulando seus próprios fios, alguém incapaz de amar de forma simples, normal, humana. Talvez, para os outros, eu fosse a encarnação da mentira, da manipulação, do egoísmo mais visceral. Mas isso não me importava. Importar-se com o que aqueles olhos cegos enxergavam seria um erro. Eu nunca tive paciência para erros. O que eles chamavam de loucura, eu chamava de poder. O que eles interpretavam como um vício doentio, para mim era propósito. Porque eu nunca fui como eles. Eu nunca amei como eles. O meu amor era diferente. Era uma fome. Era algo que queimava, corroía, consumia até as cinzas.
E no centro disso estava ele. Lorcan.
Ele acreditava que me conhecia. Acreditava que havia desvendado os segredos que eu escondia atrás de olhares frios e palavras calculadas. Lorcan se orgulhava de enxergar o que ninguém via. Dizia que conseguia sentir a fera adormecida em mim, que sabia que algo podre respirava dentro da minha alma. Achava que estava no controle, que sua obsessão me tornava previsível, que sabia o que esperar de mim. Coitado. Lorcan nunca entendeu. Ele só sabia o que eu permitia. Ele era uma peça no meu jogo, e nada além disso. Mas o pior? Ele se achava o único obcecado. Achava que seu desejo por mim, inflamado por seis anos de ódio e fascinação, o colocava em um pedestal. Acreditava que era o único capaz de cair na escuridão por minha causa. Ele estava errado. Tão errado.
O que Lorcan nunca conseguiu compreender é que meu jogo era muito mais profundo, mais cruel, mais sujo. Ele pensa que minha insanidade é dividida entre duas metades: uma que o detesta e outra que o idolatra. Ele acha que sou um monstro fragmentado, quebrado, inconstante. Mas ele nunca viu a verdade. Ambas as partes de mim vivem para ele. Ambas existem por causa dele. Mas a diferença é simples. Uma parte é fraca. Uma parte é patética. Uma parte implora por controle, grita, age sem pensar, acredita que pode ser alguma coisa. Essa parte é irrelevante. Eu sou a verdadeira força. Eu sou o controle.
Quando matei Becky, não houve hesitação. Não houve dor, nem arrependimento. Becky era um nada. Uma distração. Mas eu chorei, eu fingi desespero. Deixei que todos acreditassem que aquilo era uma tragédia que me consumia. Porque era necessário. Porque eu precisava que eles acreditassem. Becky era apenas mais uma em uma longa lista, uma poeira no caminho, porque tudo que faço, cada fio que puxo, é por ele.
Tudo começou naquele corredor. Eu era só uma garota de doze anos, mas minha mente já havia se perdido em lugares que ninguém deveria explorar. Eu sabia o que queria. Sabia como conseguir. Aquele garoto que me insultava, que zombava da minha loucura, não era nada além de uma ferramenta. Eu o provoquei, o ameacei, joguei suas fraquezas contra ele até que ele fizesse exatamente o que eu sabia que faria. E Lorcan viu. Lorcan ouviu. Lorcan veio até mim como eu sabia que viria. Ele acreditava que estava me salvando. Mas a verdade é que ele caiu na armadilha que eu preparei.