Livro Aberto... Parte 3

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Edward Cullen não retornou à escola. Todos os dias, eu observava ansiosamente a chegada dos outros Cullen na cafeteria, sem ele. Isso me permitia relaxar e desfrutar da conversa do almoço. Frequentemente, o assunto girava em torno de uma viagem planejada por Mike ao Parque Oceânico de La Push, marcada para duas semanas adiante. Fui convidada e, mais por cortesia do que por desejo, aceitei. Afinal, praias devem ser quentes e secas.

Na sexta-feira, já me sentia à vontade ao entrar na sala de Biologia, sem a preocupação de encontrar Edward lá. Pelo que sabia, ele parecia ter abandonado a escola. Evitava pensar nele, mas não conseguia eliminar completamente a preocupação de que, por mais absurdo que fosse, eu pudesse ser a causa de sua ausência.

Meu primeiro fim de semana em Forks transcorreu tranquilamente. Charlie, pouco acostumado a ficar em casa, trabalhou a maior parte do tempo. Limpei a casa, adiantei a lição de casa e escrevi e-mails alegres para minha mãe. No sábado, fui à biblioteca pública, mas o acervo era tão limitado que nem me dei ao trabalho de fazer uma carteirinha; precisaria planejar uma visita a Olympia ou Seattle em breve para encontrar uma boa livraria.

Refleti, sem muita preocupação, sobre quantas milhas a caminhonete faria com um litro de gasolina... e estremeci com o pensamento.

A chuva manteve-se leve e tranquila durante o fim de semana, permitindo-me dormir bem. Na segunda-feira, as pessoas me cumprimentaram no estacionamento da escola. Não sabia todos os nomes, mas acenei e sorri de volta para todos. A manhã estava mais fria, mas, felizmente, sem chuva. Em Inglês, Mike sentou-se ao meu lado, como de costume. Discutimos sobre "O Morro dos Ventos Uivantes"; eu estava bem preparada, foi fácil.

No geral, sentia-me muito mais confortável do que imaginava que estaria nesse ponto. Mais do que jamais esperava me sentir aqui. Ao sairmos da sala, o ar estava repleto de flocos brancos girando. Ouvia-se o excitamento das pessoas. O vento gelado beliscava minhas bochechas e nariz.

Uau, disse Mike, está nevando.

Olhei para os pequenos flocos que se acumulavam na calçada e dançavam erraticamente ao passar pelo meu rosto.

Eca. Neve. Lá se vai meu bom dia.

Ele pareceu surpreso.

Você não gosta de neve?

Não, significa que está frio demais para chover. Obviamente. Além do mais, eu pensei que elas deveriam cair como flocos, sabe, únicos e tal. Esses parecem cotonetes usados.

Você nunca viu a neve cair? ele perguntou, incrédulo.

Claro que já, eu pausei, na TV.

Mike riu, e então uma grande bola de neve derretida atingiu a parte de trás de sua cabeça. Suspeitei de Eric, que se afastava, de costas para nós, na direção contrária à sua próxima aula. Mike parecia concordar. Ele se agachou e começou a juntar uma pilha de neve branca.

Te vejo no almoço, tá? Continuei andando enquanto falava.

Quando as pessoas começam a atirar coisas molhadas, eu vou para dentro.

Ele apenas acenou com a cabeça, observando Eric se afastar.

Pela manhã, todos falavam animadamente sobre a neve; parecia ser a primeira nevasca do ano. Mantive-me calada. Claro, era mais seca que a chuva... até derreter nas suas meias. Caminhei cautelosamente até a cafeteria com Jessica. Bolas de neve voavam por todo lado. Segurava uma pasta, pronta para usá-la como escudo, se necessário. Jessica achou engraçado, mas algo em minha expressão a impediu de me atingir com uma bola de neve.

A Saga Crepúsculo Forever(FANFIC BASEADA NA OBRA ORIGINAL)Onde histórias criam vida. Descubra agora