A Saga Crepúsculo Forever(FANFIC BASEADA NA OBRA ORIGINAL)

O Pesadelo...Parte 2

Minha mente imediatamente respondeu com um ressonante "não". Era absurdo e mórbido pensar naquilo. "Mas então, o que mais poderia ser?" questionei-me internamente. Não havia explicação lógica que justificasse minha sobrevivência naquele momento. As observações que fiz sozinha ecoavam em minha cabeça: a velocidade sobre-humana, a força, os olhos que oscilavam entre o preto e o dourado, a beleza sobrenatural, a pele pálida e fria. E havia mais - detalhes que se registraram lentamente - como eles nunca comiam e a graça perturbadora com que se moviam. Eles falavam de um jeito peculiar, com um sotaque estranho e frases que pareciam saídas de um romance do século passado, não de uma sala de aula do século vinte e um.

— Ele faltou à aula no dia do teste sanguíneo. Ele não mencionou que não iria à praia até eu revelar o destino. Parecia saber o que todos pensavam... exceto eu.

— Eles me disseram que ele era o vilão, perigoso...

Os Cullen poderiam ser vampiros?

Eles definitivamente eram algo. Algo além das possibilidades de explicações racionais estava acontecendo bem diante dos meus olhos incrédulos. Seja a lenda dos frios de Jacob ou minhas próprias teorias sobre super-heróis, Edward Cullen não era humano. Ele era algo mais.

Então, talvez. Essa seria minha única resposta por enquanto.

E a pergunta mais crucial de todas: o que eu faria se fosse verdade? Se Edward fosse um vampiro - as palavras eram difíceis de formular - qual seria o próximo passo? Envolver outra pessoa estava fora de cogitação. Nem eu mesma acreditava; quem iria levar a sério se eu contasse?

Só duas opções pareciam viáveis. A primeira era seguir seu conselho: ser prudente, evitá-lo o máximo possível. Desistir dos nossos planos e voltar a ignorá-lo tanto quanto pudesse. Fingir que havia uma parede de vidro impenetrável entre nós na sala de aula. — Deixe-me em paz — diria a ele, e dessa vez eu estaria falando sério.

A mera ideia me causava uma agonia súbita. Minha mente rejeitava a dor, me levando rapidamente à próxima opção.

Eu não podia fazer nada diferente. Afinal, se ele era algo... sinistro, até agora não havia me feito mal. Na verdade, Tyler teria muito a lamentar se Edward não tivesse agido tão prontamente. Tão rápido que poderia ter sido apenas um reflexo. Mas se fossem reflexos salvadores, não poderiam ser tão ruins.

Eu tinha certeza de uma coisa, se é que podia estar certa de algo. O Edward sombrio do meu sonho era apenas um reflexo do meu medo das palavras de Jacob, não do próprio Edward.

Mesmo assim, quando gritei aterrorizada pelo ataque do lobisomem, não foi o lobo que me assustou. Foi o medo de Edward se machucar - mesmo quando ele se aproximou com os caninos à mostra, eu temia por ele.

E eu sabia que essa era a minha resposta. Não sei se havia outra escolha. Eu já estava envolvida demais. Agora que eu sabia - ou achava que sabia - não podia fazer nada sobre meus segredos assustadores. Porque quando pensava nele, em sua voz, em seus olhos hipnóticos, na força magnética de sua personalidade, eu só queria estar com ele.

Mesmo se... Mas eu não podia pensar nisso agora. Não aqui, na floresta escura, não quando a chuva escurecia tudo como o crepúsculo sobre as copas das árvores e soava como passos na terra. Tremi e levantei rapidamente do meu esconderijo, preocupada que a trilha tivesse desaparecido com a chuva.

Mas lá estava ela, segura e clara, serpenteando pelo labirinto molhado. Segui-a apressadamente, o capuz puxado para perto do rosto, surpresa com a distância que havia percorrido. Comecei a me perguntar se estava realmente saindo da floresta ou me aprofundando ainda mais em seus confins. Antes que o pânico tomasse conta de mim, notei espaços entre as teias de galhos. Então ouvi um carro passando na estrada, e estava livre. O gramado de Charlie se estendia à minha frente, a casa me acolhendo, prometendo calor e meias secas. Eram apenas meio-dia quando entrei. Subi e me vesti para o resto do dia, jeans e uma camiseta, já que ficaria em casa. Não precisei me esforçar para me concentrar na tarefa do dia - um trabalho sobre Macbeth que deveria ser entregue na quarta-feira. Dediquei-me ao árduo projeto contentemente, mais serena do que me sentia desde... bem, desde a última quinta-feira, para ser honesta.