Cap. 1

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Luigi Lima

Meu último dia na escola foi marcada por muita bebida, música e beijo na boca. Foi a formatura mais linda que tive em toda a minha vida e ficará para sempre no meu coração.

[...]

Acordei, arrumei minha cama, tomei um banho e desci pra cozinha.

- Bom dia papai - Falei dando um beijo nele

- Bom dia meu amor, como você está?

- Bem, só com um pouco de dor de cabeça.

- Isso é fome, senta aí pra comer.

Peguei minha xícara e sentei na cadeira ao lado do meu pai.

- O que vai fazer hoje?

- Tenho uma criança pra cuidar e depois vou me candidatar em algumas vagas de emprego e ver se consigo alguma coisa.

- Você é ótimo com crianças, deveria procurar algo nessa área.

- É, vou pensar.

- Não posso me atrasar, qualquer coisa você me liga.

- Bom trabalho pai.

- Tenha um ótimo dia meu pimpolho.

Ele beijou minha cabeça e saiu da cozinha correndo. Antes de sair totalmente ouço meu pai falar com alguém.

- Cuidado Matheus! Assim você vai acabar se machucando.

- Desculpa tio, o Luigi está?

- Sim, na cozinha.

- Obrigado.

- Sem correr Matheus.

- Pode deixar.

Ele apareceu logo em seguida e me deu um abraço quase me fazendo derramar meu café quente.

- Que desastre Matheus, quase que você faz eu me queimar com o café.

- Desculpa vida, eu estava com saudade.

- Você me viu ontem.

- E daí?

- Quer comer? Aproveita que eu ainda não guardei as coisas.

- Já comi, não estou com fome. Vamos fazer o que hoje?

- Eu vou trabalhar.

- Vai cuidar de quem hoje?

- Do pequeno Vitor, ele vai ficar comigo o dia inteiro.

- E a noite?

- Vou procurar algumas vagas de emprego, preciso arrumar um trabalho pra ajudar meu pai.

- Vai ficar o dia inteiro ocupado, não vai sobrar nenhum tempinho pra mim?

- Para de drama, você pode me ajudar a cuidar do Vitor e quando meu pai chegar, você pode jantar com a gente.

- Tá, eu vou jantar, mas não vou cuidar de nenhuma criança com você.

- Seu chato. Vai ficar? Se você ficar, vai me ajudar a limpar a casa.

- Estou indo embora, tchau.

- Só quer ficar com a parte boa né?

- Sim.

Terminei meu café, guardei tudo e subi para o meu quarto. Matheus só ameaça que vai embora, mas sempre fica pra me ajudar em tudo.

Terminei de varrer as escadas, guardei meu material de limpeza e fui tomar meu banho.

- Luigi - Disse Matheus batendo na porta do banheiro

- Já estou saindo.

Terminei de me vestir, organizei tudo e sai do banheiro.

- O que foi?

- Sua criança chegou.

Estendi a toalha e corri para a sala, Vitor estava dormindo no colo da mãe dele.

- Nath, desculpa a demora - Falei cumprimentando ela

- Não tem problema meu anjo, eu trouxe o Vitor dormindo, ele não está muito bem e na mochila tem os remédios junto com a receita.

- Tá bom.

- Qualquer coisa você me liga, vou estar com meu celular por perto.

- Pode deixar.

Arrumei um espaço confortável pra o Vitor e me despedi da mãe dele.

- Muito obrigado Luigi, você está me fazendo um grande favor ficando com ele.

- Sempre que precisar, é só falar.

- Você é um amor, tchau Luigi.

- Tchau Nath, bom trabalho.

- Obrigado.

Depois que ela foi embora, peguei uma coberta e coloquei encima do Vitor.

- Matheus.

- O que foi? - Pergunta descendo as escadas

- Está fazendo o que?

- Eu ia começar a jogar, por que?

- Vai ficar o dia inteiro aqui?

- Sim, seu pai vai vir pra almoçar?

- Não, já tenho que pensar no que vou fazer de almoço pra gente e para o Vitor também.

- Ele está dormindo, nem vai querer comer.

- Não importa.

- Chato, eu vou jogar, só me chama quando for a hora de comer.

- Tá.

Olhei para ver se o Vitor não estava com febre, peguei o computador do papai e comecei a procurar algumas vagas de emprego. Logo meu celular começou a tocar.

- Alô?

- Amor, é o papai.

- Pai, aconteceu alguma coisa?

- Não meu bem, só liguei pra avisar que hoje vou ir pra casa tá?

- Tá bom.

- Matheus ainda está aí?

- Sim, ele vai almoçar com a gente.

- Está cuidando de quem?

- Do Vitor.

- A mãe gostosa dele vai chegar que horas?

- Pai! Pelo amor de Deus, que nojo.

Ouvir a risada sincera dele aqueceu meu coração.

- Não precisa fazer nada, vou levar um lanche pra gente.

- Pai, não gasta dinheiro, eu posso fazer o almoço.

- Tudo que eu faço e compro é pra você meu filho, não precisa se preocupar.

- Eu te amo.

- Também te amo meu amor.

- Pai, eu peguei seu computador emprestado, tá?

- Cadê o seu?

- Está com o Matheus.

- Tudo bem meu anjo, tenho que voltar a trabalhar, até daqui a pouco.

- Até.

Encerrei a ligação e subi para o meu quarto.

- Meu pai vai vir almoçar com a gente.

- Vai cozinhar?

- Não, ele vai comprar lanche.

- Eba! Tomara que ele não esqueça do que eu gosto.

- É óbvio que não.

Ouvi o resmungo do Vitor, corri para a sala antes que ele caísse do sofá.

- Ei anjinho - Falei pegando ele no colo - Estou aqui.

Ainda bem que ele não estava com febre, eu fico sem saber o que fazer quando tenho que cuidar de um bebê com febre.

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