Cap. 6

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Marcello Lima

Depois que dei um remédio para o Matheus, fui para o meu quarto, tomei um bom banho, me vesti e desci para a cozinha.

- PAPAI! - Ouço o Luigi gritar

Subi correndo para o quarto, ele estava de pé do lado do Matheus.

- O que foi?

- Ele está tremendo muito.

- Eu já dei o remédio pra ele, agora tem que esperar fazer efeito.

- E se não diminuir pai?

- A gente vai para o hospital, só deixa ele dormir.

- Pai!

- O que é Luigi? O que você quer meu filho?

- Onde o senhor vai?

- Tenho que deixar alguma coisa preparada para você e o Matheus antes de ir buscar a Camila.

- Não estou com fome.

- Você não vai ficar sem comer Luigi, na verdade, você nem pode ficar sem comer.

- Tá bom.

- Aviso quando eu for sair.

- Tá.

Voltei pra cozinha na mesma hora em que meu celular tocou.

- Alô?

- Hmm, Marcello Lima?

- O próprio, com quem eu falo?

- Daniel Santoro, o senhor e o seu filho estiveram aqui em casa hoje mais cedo para uma entrevista.

- Ah mudou de ideia sobre a contratação do meu filho?

- Não senhor, jamais, estou adiantando algumas coisas e consegui acessar a ficha médica do Luigi. Ele está doente? É isso que eu li aqui?

- Luigi está tratando uma anemia, toma remédio controlado e tem consulta uma vez por semana. Isso vai interferir em alguma coisa? Olha Daniel, nunca vi ele tão feliz como ele está agora.

- Não, claro que não, falei que daria um mês de experiência e é isso que vou fazer. Só peço que o senhor salve meu número e me avise quando ele tiver consulta para eu poder me organizar direitinho.

- Muito obrigado por entender, é o primeiro emprego fixo dele.

- Eu preciso ir, até breve senhor Marcello.

- Até.

Encerrei a ligação na mesma hora em que ouço o Matheus me chamar e subo correndo para o quarto.

- Math... O que aconteceu? - Perguntei correndo até o Luigi que estava caído no chão mas não estava desmaiado - O que aconteceu?

- E-eu não sei, a gente estava conversando e ele caiu.

- Ei meu amor - Falei erguendo a cabeça dele - Consegue me dizer o que você está sentindo?

- Dor - Responde baixo

- Onde?

- Na cabeça.

- Bateu a cabeça quando caiu?

- Não.

- Você vai tentar dormir um pouquinho, acordou muito cedo hoje - Falei pegando ele no colo - Vem Matheus

- Posso dormir um pouquinho também?

- Pode.

Fui para o meu quarto com o Luigi no colo e o Matheus de atrás.

- Tentem dormir - Falei colocando o Luigi na cama - Vou demorar um pouquinho pra chegar, vou ir buscar a Camila e vamos passar no mercado pra comprar algumas coisas.

- Pai.

- Quer que eu traga alguma coisa pra você? - Perguntei ajeitando a coberta dele

- Eu quero! - Disse Matheus

- O que você quer Matheus?

- Sorvete.

- Não mesmo, pode escolher outra coisa.

- Então alguma coisa da padaria.

- Vou ver e trago pra você, Luigi?

- Não quero nada.

- Quando eu voltar, a gente conversa e qualquer coisa vocês me liguem.

Dei um beijo neles, peguei as chaves do meu carro e sai. Aproveitei pra ligar para a Camila e avisar que eu estava indo buscar ela.

- Oi, nossa, acabei dormindo aqui no sofá.

- Te acordei?

- Não, acordei antes de você ligar.

- Liguei pra avisar que estou indo te buscar.

- Achei que você não viria mais.

- Luigi acabou passando mal, por isso a minha demora.

- Ele está bem?

- Sim, está sim.

- Que bom, vou terminar de me arrumar.

- Tá bom, eu te mando uma mensagem quando chegar.

- Até daqui a pouco.

- Até meu anjo.

Encerrei a ligação e joguei meu celular no banco do carona. Conheci a Camila numa festa, começamos a conversar, a nos encontrar e nos envolver seriamente. Ela é uma mulher incrível, trabalhadora e merecedora do que a de melhor nesse mundo.

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