3.Um fim de semana de folga

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Leiam as notas finais por favor

Kareen,

Marg me esperava na entrada como combinamos, eu me aproximei a cumprimentando com um sorriso além de um abraço.

-- Você está muito alegrinha, pelo visto teve uma noite boa.

De imediato me veio à mente a sensação gostosa que foi dormir nos braços de Ames, balancei minha cabeça afastando os pensamentos e sorri.

-- Dormi muito bem e você? -- Ela riu.

-- Como o anjinho que eu sou.

-- Ah, claro, seus lacaios que sabem. -- Ironizei enlaçando nossos braços, depois que acordei não vi Ames em lugar algum. Ele deve estar cumprindo alguma missão visto que o exame para os visionários divinos está próximo, antes que pudéssemos sair da escola ainda conversando sobre o que faríamos acabei esbarrando na porcaria do aluno da casa Lang.

-- Olha por onde anda. -- Ele afirmou e o encarei com tanta arrogância quanto.

--Tenha cuidado com suas palavras se não quiser ficar sem a sua maldita língua. -- Joguei meus cabelos para trás, fazendo questão de bater na cara dele com meus fios antes de continuar andando. Eu não suporto Abel Walker e ele sabe disso, e, como nunca viu quantas marcas eu tenho, pensa que eu sou fraca. Um verdadeiro idiota, pois, se eu demonstrasse todo esse maldito poder que a mim foi infligido, somente o diretor dessa escola teria forças para me parar e é por isso que eu abomino o uso da magia impura constante. Eu prefiro continuar com meus feitiços básicos e nunca demonstrar a minha verdadeira força.

E pode ter certeza de que, no dia em que ele cometer um deslize, eu estarei lá para puní-lo da forma que ele merece.

Sorri com esse pensamento terrível enquanto seguimos para o portão principal. Desviei meu olhar momentaneamente, e lá estava ele. Apesar de estar de uniforme, ele continua tão bonito e não pude deixar de me sentir apaixonada, não quando o bicolor adentrava a academia e me olhava intensamente. Creio que, depois da nossa missão, onde estávamos disfarçados, essa seja a primeira vez que Ames esteja me vendo sem o uniforme, os olhos dele passaram a exprimir um brilho visível e curto.

-- Você gostou? -- Sussurrei para que ninguém nos ouça, afinal de contas não é como se estivesse escondendo meu namoro, mas não é algo que precisa ser explanado.

-- Bem... Você fica melhor com ele do que aquele uniforme curto. -- Isso me fez sorrir. Ames não queria admitir que estou bonita, então me aproximei rapidamente e deixei um beijo na bochecha dele.

-- Eu sei que você prefere as roupas curtas, assim tem uma desculpa para me apertar não é mesmo? -- Ironizei e ele franziu o cenho antes de massagear a testa e quando me encarou estava tão sério que meu coração disparou de um jeito bom. Ótimo, Ames se aproximou de mim e tirou meus cachos do caminho antes de alisar minha orelha e sussurrar:

-- Eu não preciso de desculpa querida, e suas roupas curtas sempre serão bem-vindas no meu dormitório.

Por um momento prendi minha respiração e quando o olhei havia um sorriso praticamente imperceptível em seus lábios. Ele fez de propósito! Respirei pesado e finalmente roubei um selinho dele.

-- Quero ver se vai agir assim quando estivermos a sós. Agora eu vou indo, vou comprar algo bem pequeno e vou vestir pra você. -- Dei de ombros e andei rapidamente para fora, para começar nosso namoro tem o quê? Semanas? E outra, somos adolescentes e eu fico provocando ele feito uma adulta que sabe exatamente o que está fazendo quando, na verdade, eu só gosto de atiçar e isso é um problema, pular etapas nunca é bom.

Por que eu sou assim?!

Acabei tombando com o lilás que apenas riu da minha cara:

-- Achei que viria saltitante e não parecendo um filhote assustado.

A namorada de Rayne AmesOnde histórias criam vida. Descubra agora