10.Finn Ames

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Kareen,

Finalmente estamos livres! Depois de duas semanas intensas de provas físicas e mais duas de teóricas, a véspera de Natal chegou.

Eu estou louca para comer as comidas que a cozinheira do colégio faz para essa época, uma vez que eu sempre passo o Natal aqui. Mesmo conhecendo Ames há muito tempo, nessa época do ano eu nunca iria incomodá-lo, não o fiz quando éramos amigos, imagina agora que somos namorados, mas não posso deixar de presenteá-lo.

Eu havia me despedido de Margarette, uma vez que meu amigo falou que iria ver os pais por obrigação; eu, por outro lado, estou evitando os meus. Aproveitei que a escola está calma e a cidade movimentada para ir ao Seis Varinhas, quero tomar algo bem quente e gostoso antes de mais uma sessão de compras. Já recebi mensagens do meu pai me ameaçando e dizendo que vai me matar se eu não parar de gastar; o que o queridinho esqueceu é que o dinheiro nunca foi dele, e sim da minha mãe. O dele veio do sangue e de muitas vidas inocentes e eu recuso cada centavo.

— Bom dia, Rui, me vê uma caneca bem quente de leite com canela espumado. — Pedi, e ele riu.

— Vai se hospedar aqui, Kareen? — Ele perguntou e eu tive de sorrir. Uma vez eu realmente me hospedei aqui; na verdade, estava fugindo do meu pai e preferi garantir uma noite confortável.

— Não. Eu vou ficar na escola. — Ele assentiu e não demorou a trazer meu leite.

Tomei calmamente, pensando no que daria de presente para Ames. Vou fabricar um amuleto de boa sorte para o meu cunhado; já pro Ames eu realmente não sei o que fazer e aposto que, se Margarette me visse, diria para eu me vestir com uma fantasia e me dar de presente.

Só de pensar nisso, sinto meu rosto quente e me lembro com nitidez dele sobre mim, prendendo o meu pulso direito na cama enquanto beijava meu pescoço e...

— Kareen? — Balancei a cabeça ao ouvir a voz dele.

— Ames, o que faz aqui? — O observei, sempre tão lindo. Droga, eu tenho um namorado gato pra caramba.

— Eu que te pergunto. Vim encomendar parte do jantar de Natal. Não terei tempo de cozinhar, e você?

— Eu vim fazer compras. — Sorri, levando o leite quente até a boca para disfarçar.

— Então vou com você, só espera que vou encomendar o jantar. Quer alguma coisa em específico?

Olhei para os lados e depois para ele.

— Está falando mesmo comigo?

— É claro. Eu só tenho uma namorada, pelo que eu saiba. — Senti meu rosto aquecer e depois o encarei.

— Rayne Ames, eu acho bom que continue assim.

— Tá bom, vou pedir uma torta de abóbora, sei que você gosta. — Concordei e paguei minha bebida, esperei por ele e, quando saímos, segurei em sua mão, dedos entrelaçados enquanto caminhávamos pelas ruas. Quando paramos na primeira loja, ele sorriu levemente.

— Kareen, vamos nos separar por algumas horas, preciso comprar algo particular.

— Ah, claro, eu também. — Ele me olhou e eu mordi meu lábio, ficamos semanas sem nos ver e agora já acabou. Rayne percebeu meu olhar porque me puxou rapidamente e selou nossos lábios antes de ir em sentido contrário. Confesso que estou preocupada com o que dar de presente para ele e, se não achar algo realmente interessante, o presente serei eu.

Rayne,

Eu já estou estressado, foi um mês intenso entre trabalho e as provas, para completar Kareen parece ter sumido bem no momento em que fui convidá-la para passar o Natal comigo. O Margarette me encontrou saindo do quarto dela e fiquei encarado como ele sabe exatamente qual é o quarto da minha garota.

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⏰ Última atualização: Aug 10 ⏰

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A namorada de Rayne AmesOnde histórias criam vida. Descubra agora