Acho esse capítulo meio tenso, não por algo em particular, mas porque soa um pouco distante do que venho escrevendo.
Estava sentindo falta de um pouco de drama, quando se investe em romance sem parar, esse é fardo, não quero me prolongar em muito mais além do amor das duas. Então aproveitem com muitos sorrisos. Até a próxima talvez?
Me digam do que acharam.
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— Você deveria vim morar comigo — Falou de repente no meio daquele sol escaldante quando estavam na piscina de sua casinha adorável em um dia qualquer.
Natália estava de biquíni, Carol não, porque gostava mesmo de maiôs bonitos e chamativos, então colocou um preto bastante provocante e se contentou em usar um chapéu imenso no topo da cabeça enquanto pensativa se distraia na borda da piscina, seus pés pela metade na água e um pensamento distante tomando conta de seu rosto angelical.
Natália levou um susto sufocante quase automático, passava protetor no rosto em uma toalha estendida na grama e observava um besouro verde caminhar tranquilamente pela margem da piscina. Quase se afogou no próprio oxigênio e derrubou o frasco entorpecida.
— O que?
— É amor, já estamos nessa a um bom tempo, você passa mais tempo aqui do que em sua casa e eu sei que não é tão perto do estúdio quanto gostaria mas não digo que é exatamente muito longe, tenho uma garantia, uma cama imensa, um sofá de lugares o suficiente para você se estender. Eu sinto sua falta quando não está aqui, acho que estou preparada para isso, digo, se você quiser, se estiver tudo bem, só queria que soubesse, porque não suporto mais acordar todas as noites sem te ter do meu lado, não ouvir sua risada de manhã ou arrumar sua bagunça quando decide fazer comida mesmo sabendo que é péssima, você é um desastre na cozinha e isso é bastante fofo. É engraçado e até meio pertubador o quanto parece confortável viver na perspectiva de iniciar uma vida ao seu lado quando penso em um cenário perfeito para meu futuro. E apenas é perfeito porque você está nele. Sei que nem é o suficiente, não é aquela sua casa imensa, ou aquele quintal grandioso, não tem metade do espaço que você tem, mas sei que podemos dar um jeito. Apenas queria te dizer que quero mesmo que você more comigo, quero mesmo morar com você e ter que aguentar diariamente todas suas manias, adotar um cachorro bem grande do jeito que quer, te ensinar a mexer na máquina de lavar roupa ou ceder um dos meus quartos extras para ser seu estúdio particular.
— Você está certa disso?
Pegou o frasco meio atônita com toda a declaração adjunta completamente inesperada jogada contra seu rosto.
Não que fosse uma coisa horrível de repente estar com Carol todos os dias, compartilhar seus piores e melhores momentos olhando em seus olhos verdes esmeraldas brilhantes como o céu noturno, a ouvir rindo de seu programa preferido de madrugada, cochilar em seu colo depois de terminar de limpar toda a sujeira de farinha da cozinha pela tentativa falha de fazer um bolo, ouvir todas suas músicas melancólicas no rádinho velho que tinha encima da bancada, dançar toda a noite ao som de seus clássicos preferidos, a viciar em seus filmes preto e branco completamente românticos e cheios de ação.
Era uma visão muito sonhadora, parecia exatamente o que descreveria como a vida perfeita, mas para morar junto de alguém deveria ter algo a mais do que aquilo, algo a mais do que bastante amor e a esperança de que desse certo. Mesmo já convivendo a mais de dois anos naquele namoro completamente alucinante, para Natália parecia ótimo. Exatamente do jeito que estava.
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Todas as Flores
Fanfiction🌼 Edição Narol ; Natália havia prometido uma única vez a sua cunhada que buscaria seus sobrinhos na escola. Não era uma tarefa difícil e soava extremamente normal apenas acompanhar a dupla de crianças até em casa por um curto caminho em um tempo c...