Capítulo 10: Amor de compromisso

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Olá todos, queria dizer, é um espetáculo a parte está de volto, acho que perdi meu time, lamento por isso inclusive. Apenas queria pedir para que ignorem qualquer erro ortográfico, acho que estou sempre com um pouco de sono para ficar revisando.

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— EU NÃO ACREDITO NISSO! — Tais gritou a plenos pulmões fazendo, quase literalmente, todo o chão da casa tremer.

De um lugar sombrio da cozinha, onde quase sempre estava quando pegava folga em algum final de semana preguiçoso, Pedro surgiu, trajado em um avental florido de vó, um pano de prato meio molhado nos ombros e um olhar de preocupação quase amuado. Correu sem fôlego ficando vermelho no meio do caminho e encarou a esposa com o máximo de atenção que poderia.

— O que houve? Uma barata de novo?

— O que houve amor! O que houve é que sua irmã finalmente desencalhou, meu deus isso merece uma comemoração — Levantou tão empolgada que parecia prestes a explodir. Natália estava meio constrangida é claro, difícil era entender toda a euforia de sua cunhada — Isso é um milagre! Um milagre!

Saiu exclamando, agradecendo aos céus, quase pulando como se ouvisse um hit pop de seu momento favorito da vida, como se provasse a bolo de chocolate mais gostoso da vitrine, como se espremesse o melhor limão e fizesse a melhor limonada de toda existência terrena. Natália  quase se fundia a poltrona, desviando do olhar do irmão, ficando calada até ela retornar cheia de sorrisos e nenhuma palavra sair da boca de Pedro.

— Não desecalhei, tecnicamente nem estamos namorando ainda, só foi uma declaração, bem romântica diga-se de passagem, um eu te amo simples, e isso é simples creio eu— Divagou distante lembrando-se de cada sentença, minuto, sensação de estar nos braços de Carol e a beijar com a chuva de testemunha — Só dissemos eu te amo e isso é bastante comum.

— Vocês se declararam e se beijaram na chuva, não foi um simples eu te amo Natália, foi o momento perfeito, por deus, eu não imaginei que você fosse tão fã dos romances água com açúcar. Estou até emocionada — Limpou uma lágrima falsa em seu rosto e sorriu terna — Querida, vocês estão apaixonadas, terrivelmente e sofrivelmente apaixonadas, isso se ver de longe, um eu te amo não é uma coisa simples. Vocês vão casar! Já estou até vendo.

— Casar é? Estão avançados assim? Quem é o coitado? — Pedro sorriu despertando na conversa, Natália o olhou estranho.

— Você não sabe?

— Tenho um palpite, bem leve, mas prefiro que me fale — Pedro esfregou as mãos esperando a confiança de Natália retornar para poder contar a ele.

— Pode achar estranho, sei que você é meio antiquado, nem tente contestar sabe que eu estou certa, mas nunca me senti assim, nunca experimentei isso em toda a minha vida. E com a Carol, ah, com ela é simplesmente mais fácil, perfeito, encaixa, parece tão certo, é como se estivesse flutuando em um bote pequeneninho e navegando sem rumo em seu vasto oceano, e surpreendentemente isso não me aterroriza, não em muitas partes, me tranquiliza, me faz ter certezas, eu nunca amei qualquer pessoa como acho, como tenho certeza, que a amo e nem faz muito tempo assim.

— Natália, o amor não escolhe tempo, lugar, sequer escolhe pessoa, acontece e isso sim é simples, amar é bastante impressionante, vá por mim, nunca sabemos o que somos capazes de fazer por uma única pessoa até finalmente tê-la — Taís olha terna nos olhos de Pedro, suas mãos se fundindo em um aperto confortável — Eu fico muito feliz de você ter encontrado sua pessoa, estou orgulhosa.

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