𝑭𝒖𝒆𝒍 𝒇𝒐𝒓 𝒕𝒉𝒆 𝒇𝒊𝒓𝒆 - Kɪᴍɪ Aɴᴛᴏɴᴇʟʟɪ 🇮🇹🏎️

Capítulo dois.

🏁🇮🇹

10/07/2024

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  Ligo o carro e saímos eu, Kiara e Ella em direção ao colégio San Pietro. Ligamos o rádio e ouvimos a transmissão do campeonato.

"— Hoje teremos o campeonato de dança de Salerno, em que várias equipes de até 18 anos competem para passar para o campeonato regional de Campania. Temos algumas equipes que se destacam por terem nomes como Liz Marchetti, Bella Fontana ou Leonie Chaput, três das melhores dançarinas do sub 18."

  Desligo o rádio preocupada e olho para Kiara e Antonella.

—Liz e Bella vão está lá? — pergunto.

— Pelo visto, sim.

  Essas duas garotas são as mesmas que colocaram caco de vidro no meu sapato na última apresentação, me fizeram errar o passo e terminar em terceiro, atrás delas. Eu ia ganhar dessa vez. Mas jogando limpo, diferentemente delas.

  Paro o carro na porta da escola e entramos, em direção ao camarim. Vejo o resto de minha equipe e a treinadora esperando por nós, e vamos até elas.

— Que bom que chegaram. Vamos repassar a dança por quinze minutos e já vamos colocar o figurino para subir ao palco. Forza Phoenix!

  Os próximos minutos foram energéticos e passaram muito rápido. Foram aproximadamente cinco vezes treinando, antes de ir colocar o figurino vermelho e preto justo ao corpo, que me fazia quase perder a respiração. Perfeito.

— A francesinha caipira veio mesmo. — me viro e vejo o rosto ridículo de Bella. — Oi, Leonie.

— Oi, Bella. Como vai?

— Bem. E seu pé? — ela pergunta ironizando.

— Bem. Vai jogar limpo dessa vez, Fontana?

— Eu não preciso mais de truques para ganhar de você, querida.

— Ótimo.

  Saio de perto dela e vou para trás da cortina colocando o rosto para fora, observando o público. Gigante, como todo ano. Olheiros e técnicos olhavam o palco e anotaram em pequenos blocos de notas. Mas um rosto em específico estava lá olhando o celular, provavelmente, falando com alguma garota, Andrea Kimi Antonelli.

  Recebemos o sinal para posicionar nas cortinas e assim o fizemos. A música começa e em meio a adrenalina, a cortina se abre por completo.

  Eu não sei dizer quando, nem como. Mas a dança se trocou inconsciente. Eu só... danço. Eu vou para uma realidade completa então adversa e simplesmente faço.

  E assim foi. Até o momento que ouço os aplausos. Volto para a realidade e saímos do palco, em seguida comemoramos a boa performance.

  Assistimos as demais apresentações, e a confiança foi diminuindo ao observar que elas se destacavam tanto quanto nós.

— Por que está nervosa, bonitinha?

— Kimi, quem te chamou? Quem te deu permissão pra me chamar assim? E mais, se eu estou nervosa isso é problema meu.

— Tá esquentadinha porque o loiro desbotado te emprestou o carro mesmo eu tendo te oferecido com a condição de vir te assistir?