🇮🇹🏁
15/07/2024
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🏁 Kimi's point of view 🏎️
Eu estou há meia hora esperando para beijar Leonie mas ela está neste meio tempo inteiro falando sobre o livro que está lendo.
— Mas a Evelyn não fica com nenhum dos sete maridos! Ela fica com a mulher que a vida toda acharam que ela era só amiga! Você acredita nisso?! E tem mais, ela é latino-americana mas na época que ela vivia, Evelyn não seria aceita em Hollywood então mudou de nome e se americanizou!
— Me fala os livros que você quiser depois. Eu posso comprar se você quiser.
— Kimi, eu tenho mais de 60 livros no carrinho.
— Então eu compro uma estante maior também? — pergunto.
— Eu não vou te pedir pra fazer isso. Não gosto de sair falando pra comprarem coisas pra mim.
— Meu Deus, eu quase esqueci! Eu tenho que ir numa loja de fantasia comprar um vestido de Rainha de Copas para ela!
— Eu vou lá e compro, depois você me paga, fica tranquilo.
— Não, eu vou com você. Vou chamar um Uber e nós vamos lá agora. Não pode andar por uma cidade desconhecida sozinha.
Eu pego o celular e chamo o motorista, em seguida, olho novamente para Leonie, observando seus olhos azuis.
— O que foi? — ela pergunta rindo.
— Nada — respondo intervalando minhas falas. — Sabia que você tem pontinhos verdes e castanhos nos seus olhos azuis?
— São iguais os da minha mãe. — ela responde sorrindo. Ela era órfã, então como ela sabia disso? Ela percebeu a confusão no meu olhar e se pôs a explicar. — Eu sempre ando com uma mini câmera digital que é uma das únicas coisas que eu tenho dos meus pais. Eu consegui achar algumas fotos com uma qualidade melhor e descobri quem são meus pais.
— Eu vou adorar conhecer meus sogros se quiser me mostrar depois. — digo sorrindo.
— Muito engraçado, Kimi — ela responde. — Mas eu te mostro uma foto deles mais tarde. Não vai ser nem um pouco impressionante, eu sou idêntica a minha mãe. Só o cabelo é do meu pai. E... tem umas fotos com uma criança mais velha que eu. Provavelmente, algum parente ou algo assim.
— Provavelmente?
— É. Eu nunca olhei direito essas fotos para saber quem era ela direito, mas eram muitas. Muitas mesmo.
— Você nunca pensou se ela era uma pessoa mais próxima do que uma possível parente...? — pergunto estranhando terem tantas fotos com uma criança teoricamente aleatória.
— Você quer ver as fotos? — ela pergunta dando de ombros.
Faço que sim com a cabeça e ela me entrega seu celular, com as fotos abertas na galeria. Analiso, impressionado com o quão igual Leonie era de sua mãe, mas tento relevar isso e focar na criança. Devia ter uns três anos, e a mãe de Leonie já estava grávida. Dou zoom na roupa da criança e reparo em pequenas letras bordadas em dourado com as iniciais CD. Observo, então, que na roupa de seu pai e sua mãe tinha exatamente o mesmo bordado.
— Leo... Você tem outro sobrenome além de Chaput?
— Deontre.
— E... De quem cada um deles você herdou?
— Do meu pai e da minha mãe.
A ficha caiu. Aquela criança... Era irmã mais velha de Leonie.
— Não... — ela dizia observando o bordado. — Eu não tenho uma irmã. Eu teria a conhecido no orfanato, certo?
— Eu não sei, eu... acho que não necessariamente ou irmãos devem ir para o mesmo orfanato.
Leonie pega seu celular e entra em um daqueles sites de árvore genealógica, fazendo uma assinatura mensal. Ela pesquisa sobre sua família em todos os lugares possíveis e acha o nome de seus pais, parecendo intrigada com tudo sobre eles. O que era chocante, porque eu imaginei que ela já tivesse pesquisado sobre eles bilhões de vezes.
Ele de repente coloca a mão na boca e trava totalmente.
— Eu tenho uma irmã. Madeline Chaput Deontre. — ela diz chorando. — Nasceu em 21/07/2002. E mora na Hungria. Eu preciso ir lá! O endereço dela está bem aqui. Ela... Eu... Ela está casando!
Eu estava pensando em como iria pagar pela viagem de Leonie. Não que ela precisasse. Ela iria arranjar um jeito de conseguir o dinheiro e ir. Mas lembrei que por alguma obra do destino, o próximo Grande Prêmio seria na Hungria e inclusive seria no dia do aniversário da irmã de Leo. E eu ia fazer de tudo para levá-la junto comigo para lá.
— Se eu te chamasse pra ir numa viagem com o grid da Fórmula Um na Hungria daqui alguns dia, para você conhecer sua irmã, você aceitaria?
— VOCÊ ESTÁ BRINCANDO?! É ÓBVIO QUE SIM! MEU DEUS! OBRIGADA, KIMI! — ela dizia eufórica pulando em meu colo e me abraçando.
— De nada, Leo. — eu nem reparei se soei seco. Eu havia feito ela feliz. E isso fez tudo valer a pena.
O motorista chega na porta do hotel e buzina de lá para sairmos, então assim fazemos.
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𝑭𝒖𝒆𝒍 𝒇𝒐𝒓 𝒕𝒉𝒆 𝒇𝒊𝒓𝒆 - Kɪᴍɪ Aɴᴛᴏɴᴇʟʟɪ 🇮🇹🏎️
FanfictionDesde que me lembro, em minha escola, sempre que um casal funcionava, os alunos costumavam dizer que eles eram a gasolina do fogo do outro. Eu sempre achei isso ridículo. Chega a soar pejorativo. Tenho 17 anos e algumas pessoas costumam dizer que...
