Capítulo nove.

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🇮🇹🏁

13/07/2024

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  Normalmente eu não vou para a praia sábado. Mas quando minhas duas melhores amigas falam que vai ter uma fogueira num sábado, sendo que vamos ter uma semana mega estressante a partir de segunda, eu não posso recusar a oportunidade.

— Biquíni azul, biquíni preto ou biquíni branco? — pergunto para Ella e Kiara.

— Branco! — exclama Kiara.

— Preto! — diz Ella simultaneamente.

— Azul então. — digo, guardando os outros dois e entrando no banheiro, com o conjunto na mão, um short e uma blusa branca.

  Troco de roupa e coloco um chinelo branco, pegando minha bolsa de praia e saindo de casa de bicicleta com as meninas. Quando chegamos a parte plana, pego minha câmera fotográfica e começo a tirar fotos de nós três na bicicleta com uma mão e na outra eu segurava o guidão. Aquela máquina era uma das únicas coisas que eu tinha dos meus pais então eu levava pra tudo, como, eles também levavam essa mini câmera para todo lado.

  Da última vez que fui zerar a memória da câmera fui tentar descobrir porque estava acabando tão rápido e encontrei as fotos de meus pais. Eles levavam para a praia, para trilhas, para museus, para bibliotecas, e eu não deixaria de levar também.

  Chegamos na praia e prendemos a bicicleta no apoio vendo uma fogueira se destacando no pôr do sol, com cadeiras de madeira em volta e vários adolescentes sentados conversando.

  Claro, quando chegamos lá e vemos Giulio e Ollie, Kiara foi direto para o abraço de Ollie e Ella para o de Giulio. Eu não sei dizer se era bom ser a única livre disso ou horrível por ser a única que não vive nada disso.

— Você veio então. — diz alguém atrás de mim.

— Oi, Kimi.

— Aqueles quatro estão namorando mesmo, afinal? Giulio e Ollie negam até a morte mas...

— Elas também negam. Mas provavelmente vão namorar em breve, muito breve.

— E você continua com sua regra contra namorar? — ele pergunta. Olho para ele tentando lembrar qual regra ele se referia. — Aquela que você não namoraria até completar 17 anos. Você fez 17 há dois meses.

— Pelo visto não. — respondo tranquilamente. — Mas como continuo sem atuais interesses amorosos podemos apostar que...

— Não!

— Ah, por que? — resmungo. — Tá com medo de perder?

— É porque eu deveria ser a porcaria do seu namorado! — ele diz irritado. — Quero dizer... brincadeira! Hahaha... — ele ria falsamente. — Nada a ver isso, né?

— É. Nada a ver, mesmo. — digo dando ênfase no "mesmo".

— Então você continua naquela aposta que não ia namorar com ninguém até completar 17 anos? — ele pergunta.

— Eu fiz 17 há dois meses e ganhei a aposta. Você está me devendo uma guitarra nova agora. A não ser que queira aumentar a aposta e ter outra chance...

— NÃO! — ele responde rapidamente. — Porque... se você acabar se aproximando de alguém, tem o direito de viver esse amor sem restrições.

— Você está apoiando algum relacionamento meu?

— Eu não disse com quem.

— Então quem? — pergunto.

— Ih, garota! Pôr do sol bonito desse e você perguntando essas besteiras! Daqui a pouco o Alexandre vai chegar com o violão e...

𝑭𝒖𝒆𝒍 𝒇𝒐𝒓 𝒕𝒉𝒆 𝒇𝒊𝒓𝒆 - Kɪᴍɪ Aɴᴛᴏɴᴇʟʟɪ 🇮🇹🏎️Onde histórias criam vida. Descubra agora