𝑭𝒖𝒆𝒍 𝒇𝒐𝒓 𝒕𝒉𝒆 𝒇𝒊𝒓𝒆 - Kɪᴍɪ Aɴᴛᴏɴᴇʟʟɪ 🇮🇹🏎️

Capítulo onze.

🇮🇹🏁

14/07/2024

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🏁 Kimi's point of view 🏎️

Desde ontem eu não paro de sorrir feito um idiota. Eu saí da praia sorrindo, dormi sorrindo e agora acordei sorrindo. Arrumo para a escola e saio do meu quarto. Leonie estava na cozinha mas saiu de casa rapidamente assim que fechei a porta. Tento correr atrás dela mas assim que saí de casa ela já estava em sua bicicleta descendo o morro.

Ligo meu carro e desço a ladeira, parando no estacionamento da porta do colégio. Entro pela porta alta e vou direto para minha sala em busca de Leonie.

Ela obviamente estava lá. Mas estava lendo. E ela odiava que alguém parasse a leitura dela. Maldito, George Orwell. Kiara entra na sala e para do meu lado na porta, reparando para onde eu olhava.

— Ela está te evitando.

— O que?

— Ela está te evitando. Ou acha que ela sai de casa mais cedo, chega mais cedo na escola, pega um livro sem nem conversar com ninguém e finge não ter visto ninguém chegar. Isso tudo depois de...

— Eu beijar ela.

— Eu ia dizer vocês terem tido uma boa interação mas obrigada por ir direto ao ponto.

Respiro fundo e resolvo então interromper sim a leitura de Leonie apesar do medo de levar um tapa tão forte que me fizesse voar. Caminho até seu lado e me sento numa cadeira atrás dela.

— Oi, Leon...

— Estou lendo. Oi, Kimi.

— Você está constrangida...?

— Por que você acha isso? Porque eu dei um beijo num cara que eu convivo quase 24 horas? Não, isso não é nada! — ela diz irônica. Sorrio e observo ela corando, tentando esconder com o livro.

— Você é muito fofa.

— Fofa?! Fofa vai ficar sua cara depois que eu te jogar de rosto no quadro! Tá achando que a vida é um morango?! Si Dieu m'avait donné un peu moins de patience, j'aurais été la cause de la troisième guerre ! — ela dizia mudando para francês como fazia sempre que se irritava.

— Se Deus tivesse te dado um pouco menos de paciência, você seria a causa da terceira guerra?

— Como você sabe o que eu disse?

— Eu aprendi francês para saber o que você dizia quando se irritava.

Ela volta a corar um pouco e eu sorrio enquanto olho para ela.

— Nós podemos ser...

— O que a gente quiser no nosso próprio tempo. — interrompi.

— Claro. O que quisermos no nosso tempo.

Coloco minha mochila embaixo da mesa e volto minha atenção para o professor que acabara de entrar na sala.

°•°•°

Observo Liam tentando se aproximar de Leo, e a garota tentando se afastar. Eu já estava visivelmente desconfortável, mas ele encostou nela.

Ele encostou nela.

Corro até os dois e empurro o ombro de Liam fazendo ele olhar para mim. Seguro seu braço e olho irritado para ele.

— O que ele está fazendo? — perguntavam uns.

— Defendendo a Leonie! — respondiam outros.

— Leonie, você não vai fazer nada? — perguntavam.

— Não, obrigada. — ela responde guardando o celular.

Liam me olha irritado com os olhos azuis incômodos e tira minha mão de seu braço.

— Tá incomodado por algum motivo específico?

— Você é o motivo específico. Fica perseguindo a garota como um psicopata. E encosta nela mesmo ela já deixando muito claro que não quer relacionamento nenhum com você.

— Ah, é? — ele aproxima o rosto de meu ouvido e eu olho de canto para ele. — Então ela vai querer outra coisa que eu tenho para ela. Se é que me entende.

Eu sequer respondi antes de jogar Liam no chão e começar a socar seu rosto até ele girar no chão e retomar sua posição favorável, até eu chutar seu estômago e fazê-lo fraquejar. Empurro ele para lado e seguro sua gola com força.

— Ela nem é sua namorada, seu babaca. Agora estou inteiro sangrando e...

— Ela pode ser minha namorada se ela quiser. Ela pode ser a porra da minha esposa se um dia ela quiser.

Digo em alto e bom som para todos receberem o recado de uma vez só. Empurro sua cabeça para o chão antes de me levantar e sair andando para o banheiro com a mão inteira machucada.

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🇫🇷 Leonie's point of view 🩰

Merda.

Corro atrás de Kimi e entro no banheiro sem ligar muito para parte de ser o banheiro masculino.

— Droga, Kimi! Você está inteiro machucado! Olha seu olho roxo! Sua mão está toda arrebentada e...

Ele corre até mim e me beija intensamente. Eu odiava admitir que eu amava seu beijo. Ainda com as mãos em meu rosto, o garoto se afasta me olhando.

— Eu não me arrependo nem me sinto mal por isso.

— Deixa eu te ajudar a fazer o curativo. Lava o rosto, eu não sei dizer que sangue é seu e que sangue é do projetinho de cabelo da Regina George. — digo.

Antes que ele respondesse, tiro uma faixa de machucado da mochila e enrolo em sua mão com força, finalizando parcialmente rápido.

— Você terminou isso em quinze segundos com essa perfeição? — Kimi pergunta analisando a faixa.

— Aprendi a fazer primeiros socorros no orfanato. — respondo. O garoto faz que sim com a cabeça e olha para mim.

— Meu olho está muito ruim?

— Se for bom estar roxo, inchado e com um pouco de sangue... Está maravilhoso.

— Que maravilha. Vou ser deserdado. — ele diz irônico.

— Claro que vai. Mas agora vai para sala e tenta impedir os professores de repararem nisso aí.