Ó felicidade, quem dera eu pudesse tocar o teu solo com semelhante intensidade com que toco tua outra face
Sinto que sou um filho bastardo
De ambos os lados
E me sinto ancorado na tua outra faceTemo que os fantasmas de tua outra face me assombrem a noite
Pois tua outra face não me olha com teus olhos de amor e acolhimento
Mas tenho medo de me agarrar a esse olhar
E ser assaltado de seus braços pela tua outra face.Porém sei entender a tua outra face
Pois por muito tempo a silenciei
O tempo e a atenção que não despendi,
As palavras não ditas
Foi isso que fez com que eu fosse tomado de assalto pelo medo da felicidade
E me sentisse confortável em navegar apenas no barco de tua outra face...
A tristeza...
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Fragmentos de uma existência: As sombras do subjetivo
PoetryNão há um jeito certo de observar a própria sombra (ou sombras). Há quem nunca se dê conta delas a vida toda. Mas sua realidade é inegável, e como diria Jung, quanto mais a negamos mais elas nos dominam. A magia curativa que elas possuem é proporcio...