Mande-me para a cruz!
Mande-me para o calvário!
Pois já não posso suportar
A ideia de que não sou mais fracoTornei-me forte ao preço da sanidade
Fortaleza que levou-me a uma linha tênue
Entre o desespero e a potênciaE essa força que em mim pulsa
Pede aos meus membros que suportem tudo
Do mais elevado ao mais efêmeroQuando minhas entranhas separaram
O afeto da esquizofrenia
Esse ser que estava adormecido dentro de mim
Se elevou...
E com a maior de suas potências
E com seu golpe mais violento
Deslacerou a pele do meu rosto antigo
Destronou todos os ídolos
E os reduziu à cacosAs forças pedem mais...
Leva-me para a cruz
Pois já não posso suportar
O quão forte hei de me tornar...
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Fragmentos de uma existência: As sombras do subjetivo
PoetryNão há um jeito certo de observar a própria sombra (ou sombras). Há quem nunca se dê conta delas a vida toda. Mas sua realidade é inegável, e como diria Jung, quanto mais a negamos mais elas nos dominam. A magia curativa que elas possuem é proporcio...