Olho para trás...
Vejo uma estrada vazia
Parece que me vejo caminhando nela,
Procurando a menor agitação atípica no vento;
Um sutil raio solar atravessando as folhas das árvores;
Flores em um gramado umedecido pelo orvalho da manhã;
Olhando para os céus tentando traduzir em palavras a oscilação das estrelas e o brilho da lua;
Tentando fazer destas minhas conselheiras.
Sua perfeição invejável,
Sua grandeza e estabilidade inatingíveis
E sua tranquilidade fulminante diante do assustador universo me fazem querer tomá-las como meus guias
Pois tenho medo
Não tenho controle e isso me apavora
Não sei como caminhar...
Posso errar...
E isso me faz não querer dar mais nenhum passo antes de um "sinal verde"
E quando me dou conta...
Já amanheceu...
Não dei um passo sequer
Andei em círculos
Ao menos meus círculos são mais seguros
Não sei o que me espera
Não sei o que espero
O que uma oscilante estrela me dirá?...
...silêncio...
E quando me dou conta já amanhece novamente...
VOCÊ ESTÁ LENDO
Fragmentos de uma existência: As sombras do subjetivo
PoesíaNão há um jeito certo de observar a própria sombra (ou sombras). Há quem nunca se dê conta delas a vida toda. Mas sua realidade é inegável, e como diria Jung, quanto mais a negamos mais elas nos dominam. A magia curativa que elas possuem é proporcio...