Um olhar mais profundo pra dentro da minha alma
Me revelava outrora um cenário apático, cinzento
Era minha entrega
Minha exaustão
Cenário na qual eu tropeçava
Sobre os ossos dos meus antigos "eus"
E chorava sobre a relva morta de uma floresta abandonada à própria sorte
Restos mortais de uma esperança falsa
Assim era minha passiva melancolia
Era!!
Pois agora os ossos de meus antigos "eus"
Plantados sobre a relva morta do profundo da minha alma ardem em chamas
Por ver as potências do meu ser serem caladas;
Por ver os olhos tristes daqueles que jamais conhecerão o que é viver para além dos limites da sua apatia programada;
Por aqueles que têm seu grito silenciado
E cujo sangue clama todos os dias por uma sociedade mais humanaEnquanto eu puder respirar esse fogo vai arder constantemente
Convocando a todos os meus camaradas
E dizendo-lhes para que mantenham sempre acessa
A mínima chama que houver dentro de seus corações...
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Fragmentos de uma existência: As sombras do subjetivo
PoesiaNão há um jeito certo de observar a própria sombra (ou sombras). Há quem nunca se dê conta delas a vida toda. Mas sua realidade é inegável, e como diria Jung, quanto mais a negamos mais elas nos dominam. A magia curativa que elas possuem é proporcio...