Eu sempre tive dentro de mim um pouco de tudo.
Mas nesse montante não havia uma forma consolidada. Apenas um caos disforme.
O que me reconfortava era dar formas vazias aos pequenos fragmentos desse todo.
Mas isso sempre me assombrou!
Sentir o gosto insípido e sem vida destas formas que decalcavam minha subjetividade fragmentada me assustava mais do que a própria morte.
E ao olhar pra dentro da escuridão do meu próprio abismo, me senti feliz ao ver que meu próprio caos havia consolidado minha nova maneira de ser...
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Fragmentos de uma existência: As sombras do subjetivo
PoesiaNão há um jeito certo de observar a própria sombra (ou sombras). Há quem nunca se dê conta delas a vida toda. Mas sua realidade é inegável, e como diria Jung, quanto mais a negamos mais elas nos dominam. A magia curativa que elas possuem é proporcio...