i have been hungry.

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— feliz dia das mães! — a professora exclama, no meio do pátio repleto de crianças vestidas de roupas com um coração de E.V.A no meio da barriga, após cantar uma música infantil sobre o amor maternal que tinham.

Uma pequena criança japonesa se destaca, por estar de olhar baixo, com algumas presilhas coloridas no cabelo, a mesma levanta a cabeça com os olhinhos marejados, a procura de alguém nas arquibancadas. — Sakuya! Aqui! — a voz masculina, é escutada mesmo estando em meio a diversas palmas das mães presentes. O menino esboça um sorriso genuíno e Alegre, ao finalmente notar a presença de seus irmãos ali.

De pé estavam Yuta e Shotaro, os dois irmãos mais velhos do pequeno japonês, que rapidamente começa a acompanhar as pequenas crianças, que foram permitidas de irem até os pais. O garotinho corre para os braços do mais velho, recebendo beijos na testa, sorrindo e rindo alegremente, mesmo com a ausência da mãe, os irmãos principalmente o mais velho, se esforçavam para estarem presentes na vida do pequenino.

— onde está sua mochilinha, hm? — Yuta pergunta para Sakura, que aponta para o armário decorado que tinha lá perto, assim, Shotaro vai até o local citado e pega sua mochila de cor roxa pastel. — você gostou da música? — o mais novo pergunta, ainda no colo de Yuta. — sim! Eu adorei. — ele diz saindo da creche, Shotaro permanecia calado.

— você comeu alguma coisa lá? — Ele finalmente diz algo, e sakuya afirma com a cabeça. — ótimo. — Shotaro responde meio tenso, assim Yuta também acaba ficando. O pequeno apartamento não ficava longe, então em poucos minutos chegam, subindo as escadas enormes e enfim chegando em casa. Sakuya já estava cansadinho, então Yuta apenas deita o menino no colchão que ficava no chão da sala, por ser apertado demais, deixando o mesmo lá enquanto pegava no sono por conta própria, já que se dizia independente, mesmo tendo apenas 4 aninhos. Yuta, na mesa da cozinha, fazia suas atividades escolares, cansado, suas olheiras ficavam cada vez pior. — irmão... — Shotaro se senta ao seu lado, com um olhar triste, respirando fundo. — eu estou com fome. — ele afirma, com a mão na barriga. Yuta nesse momento sente seu coração ser apertado, por uma mão cruel, que lhe fazia passar por uma realidade deprimente. O mais velho levanta, indo até a geladeira a procura de alguma comida, mas nada encontrava, a não ser uma garrafa de água, quase vazia.

O mesmo pega e a entrega para o mais novo. — me desculpe. — o mesmo baixa a cabeça, sentindo seu corpo implorar por descanso, seus olhos doíam. — eu estou cansado, Shotaro... — afirma já com a voz embargada, o mais novo encarava o mais velho de forma dolorosa, com pena, sentindo-se um peso na vida do mesmo. — já se fazem 4 dias, a comida acabou, eles não atendem o telefone por nada, eu me sinto perdido em um deserto, tendo apenas vocês. — suas lágrimas escorrem, Shotaro não hesita em abraçá-lo, confortando o irmão, só restavam a ligação fraternal entre eles, não tinha mais comida, a água estava acabando, o dono do apartamento frequentemente cobrava o pagamento atrasado. — eu 'tô com medo... — o mais novo fala, já em lágrimas também, a procura de confortar o irmão mas também querendo ser confortado. — eu ficarei aqui para te proteger, ok? Irei proteger vocês dois até o fim. — o mais velho afirma, fazendo um leve carinho nos cabelos de Shotaro. — você precisa descansar, está fazendo de tudo aqui em casa... — o mais novo separa o abraço, olhando nos olhos escuros do irmão. — eu não quero te cansar também, muito menos Sakuya, eu quero o melhor para vocês, eu tenho medo de se sentirem da mesma forma que me sinto. — diz, no final de sua fala se assustando com a porta sendo aberta de repente, o mais velho corre até a sala puxando Sakuya para seus braços, por sorte, existia um corredor na porta de entrada, não dando diretamente a sala nem a cozinha. Des de seus primeiros anos de vida, yuta foi avisado a ficar sempre alerta mesmo dentro do conforto de sua casa.

Mesmo em passos silencioso, Yuta é escutado pelo invasor, que lhe encontra segurando o mais novo no colo, ao notar que não estava mais sozinho com o irmão, seu corpo trava por completo, abraçando o corpo menos que escondia o rosto em seu pescoço assustado, Shotaro também aparece, mas se esconde atrás do mais velho. — onde está seu pai?! — o homem grita apontando uma arma para um adolescente e duas crianças. — eu não sei... — yuta responde, já com os olhos marejados, a apertar braço do irmão que se escondia a suas costas. — fala a verdade porra! Cadê esse filho da puta? Está encobrindo ele? Ahn?! — ele se aproxima, fazendo o garoto dar passos para trás, Sakuya a cada grito do Homem se encolhia mais nos braços do menino. — 'ta querendo morrer mesmo, não é? — ele recarrega a arma, ainda a apontar para os mesmos, Shotaro segurava o choro, assim como foi ensinado pelo pai. O homem perde a paciência por completo, puxando Sakuya dos braços do irmão mais velho, que ainda tentava protegê-lo, o outro mais novo também tentava impedir, até o som de um disparo ecoar pelo local. Não era o sangue de Shotaro, nem mesmo o de Yuta, o sangue era de Sakuya, que chorava desesperadamente. — seu monstro! — Shotaro grita conseguindo segurar o irmão a sangrar. — monstro é? Você quer que eu mate ele pra me tornar um monstro de verdade?! — ele grita e puxa o menino que sangrava de uma vez, conseguindo lhe prender em seus braços — para com isso! — yuta grita desesperadamente, a limpar o sangue puro da criança em sua blusa. — SOLTA ELE PORRA! — yuta escuta uma voz familiar, e se surpreende ao ver o homem a sua frente ser esfaqueado no pescoço, caindo no chão e soltando seu irmão, o responsável pela faca, era seu amigo e vizinho Lee Taeyong, que pula no corpo alheio e esfaqueia o peito do Homem para ter certeza de que estava morto.

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