trying to be sane.

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- taeyong? - Yuta entra no escritório de Taeyong, que encarava a mesa a frente com uma expressão séria. Yuta sabia que dali não vinha coisa boa, ou ele brigou com Sungchan ou brigou com Jaehyun, brigas com Jaehyun já havia se tornado rotina, mas com Sungchan era algo horrível, já que o mesmo havia prometido para si mesmo não discutir com o irmão.

O japonês fecha a porta, indo até Taeyong se sentando ao seu lado no pequeno sofá de descanso, o coreano permanece em silêncio, mexendo em seus próprios dedos. O celular do menino vibrava constantemente encima da mesa de vidro, ao ler o nome da pessoa, viu que era Jaehyun, salvo o contato como "bochechas de pêssego", oque lhe tira um breve sorriso fraco.

Taeyong sempre foi uma pessoa considerada agressiva, por não saber lidar com os próprios sentimentos, descontando em tudo que vai pela frente e se arrependendo amargamente depois, era algo que tanto ele quanto todos dali tinham que suportar, em seus dias de estresse todos evitavam até mesmo olhar em seus olhos, tirando Sungchan, Yuta e Jaehyun.

- oque aconteceu dessa vez? - depois de minutos em completo silêncio, Yuta finalmente toma frente. - Jaehyun ou Sungchan? - ele pergunta - os dois, com a participação especial da minha mãe. - Taeyong responde ainda com os olhos vidrados no telefone - discutiram de novo? - Yuta pergunta - minha mãe me ligou pedindo dinheiro, insistiu em me fazer voltar pra casa, eu me estressei, Sungchan veio me perguntar oque aconteceu, eu fui arrogante demais, ele chorou, Jaehyun veio reclamar, discuti com ele, e agora estou aqui. - ele diz respirando fundo, com os olhos marejados - quando acho que estou melhorando, caio no mesmo poço de sempre. - complementa, olhando finalmente nos olhos japoneses.

- ela não mentiu quando me chamou de louco. - ele dá uma risada fraca, irônica. - você ainda está indo na terapia? - Yuta pergunta, o outro Fica calado. - como quer melhorar assim? - ele pergunta novamente, Taeyong apoia suas costas no sofá, bufando - isso não adianta de nada. - afirma - nesse meio tempo que esteve tendo ajuda profissional estava tendo mudanças nítidas, Taeyong. - o japonês diz

- e Sungchan? Já foi conversar com ele? - Yuta pergunta - ainda não, as vezes eu sinto que não mereço ter ele como irmão. - Taeyong cruza os braços - ele sempre foi uma pessoa doce demais, não sei de onde veio essa genética tão boa... Sinto que ele não merece ter um irmão tão amargo. - ele diz, Sungchan sempre demonstrou ser uma criança incrível, solidária, mas Taeyong sempre foi o contrário, puxando mais a genética amargurada do pai, aquele que tanto odiava, estava criando uma mini versão dentro de si mesmo. - eu tenho medo de mim, Yuta. - ele afirma, deixando uma lágrima escorrer pelo seu rosto apático. - eu sempre tive medo de mim, eu sou uma pessoa extremamente agressiva, que não se controla nunca, sempre explode como uma bomba, eu tenho pena de todos vocês a minha volta. - limpa suas lágrimas. - eu queria ser uma pessoa melhor. - finaliza arrumando seu cabelo. - você é uma pessoa boa, Taeyong, você só não enxerga isso, você se perde tanto nessa sua versão agressiva que acaba esquecendo a versão que todos nós amamos, essa pessoa que está sempre disposta a ajudar, que tem conselhos incríveis, que tem o coração mole pra crianças... Essas e muitas outras características te fazem uma pessoa boa, você apenas não quer ver isso. - o Japonês limpa as lágrimas do rosto alheio - a vida te tratou muito mal, mas apenas dê mais uma chance pra ela, tente romantizar ela e cuidar mais de si mesmo, se importe com as pessoas a sua volta mas também se importe consigo mesmo, você merece todo o carinho do mundo. - Yuta diz com um sorriso no rosto, com uma mão no ombro do quase irmão.

- obrigado, irmão. - Taeyong afirma, fazendo o japonês esboçar um sorriso mais sincero ainda - não há de quê, agora vá conversar com o seu irmão, ele precisa de um pedido de desculpas. - Yuta diz empurrando o C
Garoto do sofá, que solta uma leve risada.

Enfrente a porta do quarto de Sungchan, Taeyong bate levemente, esperando a resposta do mais novo, que abre depois de alguns minutos. O menino estava com o nariz avermelhados, e seus olhos rapidamente se preenchem de lágrimas ao ver o rosto arrependido do irmão. - podemos conversar? - o mais velho pergunta, Sungchan concorda com a cabeça, deixando Taeyong entrar, aquele que se senta em sua cama confortável.

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