Strange

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E em um choque meu corpo desperta, meus olhos finalmente abrem, com um pouco de dificuldade pela clareza da luz que entrava na enfermaria. Com uma mão tento cobrir meus olhos, mas outra mão desconhecida me impede, baixando a mesma com uma certa delicadeza no toque. Meus olhos fracos, procuram pelo individuo, o dono daquela mão, com alguns anéis e uma pulseira feita a mão.

— você está sendo medicado, se mexer muito o braço pode acabar doendo... — uma doce voz me chama a atenção, não era a voz de Ten, muito menos de YangYang, era uma voz desconhecida, na qual nunca havia escutado antes. Viro minha cabeça para o lado, assim revelando um rosto bonito, que parecia procurar por alguma enfermeira para dizer que havia finalmente acordado. — não se mexa muito. — ele diz, dando um sorriso fraco antes de sair, em poucos minutos voltando com um enfermeiro, que tira a agulha que estava em minha veia, fechei os olhos, para não ter que ver o resquício de sangue em meu braço, um pequeno curativo foi feito, e assim eu já estava pronto para sair dali.

A porta do local novamente foi aberta, dessa vez eu reconheço a voz do dono, já que era Chittaphon, como sempre acompanhado de YangYang. —Winwin! Onde você estava? Eu te procurei por toda a escola, antes de escurecer... — ele diz, se aproximando com um olhar preocupado, o garoto desconhecido permanecia ao meu lado, dessa vez distraído com o celular. — Yuta? — chittaphon pergunta, então era esse o nome dele? Ele também é estrangeiro? Não me parece um nome coreano. — olá, Ten. — ele diz, antes de levantar e guardar o telefone no bolso da sua calça larga, ten não parecia muito contente com sua presença. — o enfermeiro disse que ele provavelmente estava sem comer, e o tornozelo dele vai ficar com isso até melhorar a dor. — ele diz apontando para a tornozeleira que ficaria ali para aliviar a dor infernal que estava. Após isso, o garoto apenas se retira do local, em completo silêncio, eu estava confuso, quem era ele? Por quê me ajudou? Por quê Chittaphon parecia tão desconfortável ao lhe ver? Estava tudo muito confuso.

— oque aconteceu, Win? — YangYang pergunta com sua suave voz, apoiando a mão na maca. — eu esqueci de me alimentar antes de ir pra aula. — eu respondo com minha voz rouca, por ter acabado de acordar. — teimosia sua! Vivo lhe avisando isso. — Ten volta ao normal, mexendo em meu cabelo. — vamos, iremos te deixar no seu dormitório! — o tailandês diz, depois, me ajudando a levantar e colocando meu braço em seus ombros, assim, me ajudando a caminhar até o meu dormitório.

Ao chegar, YangYang abre a porta, Chittaphon entra juntamente a mim, me deixando sentado na cama e sentando-se em uma cadeira aleatória que estava por ali, Yang senta na mesma cama que eu. Eu ainda estava confuso pelo ocorrido, tomando coragem para perguntar. — Ten... Quem era aquele garoto? — pergunto ainda um pouco sonolento — ah... Aquele é Nakamoto Yuta, um amigo meu. — ele responde meio receoso, decido ir mais afundo. — e qual o motivo de estar tão receoso? — digo, olhando em seus olhos nervosos — meio que a gente não se fala mais, éramos amigos antes de te conhecer, ele é de uma família um tanto quanto... Perigosa. Hoje em dia ele se envolve com coisas erradas, se eu não me engano ele está até em uma espécie de "facção criminosa", e há boatos de que Jaehyun, aquele padrãozinho da sua sala, também está. — ele explica, e yangYang apenas concordava com suas falas, pois parecia também conhecer o garoto. Tirando primeiras impressões, o tal do Nakamoto parecia ser uma pessoa gentil, bom, pelo ou menos parecia. Fico alguns minutos pensativo, depois do caos que foi minha infância, nunca mais ouvi falar do meu pai, a única notícia que soube era que estava vivo, e com certeza com a guarda de meu irmão, a justiça daquele país era uma merda e isso me assustava bastante, então, e se eu buscasse a ajuda de Yuta? Já que ele provavelmente estava em uma facção, ou máfia, não sei, poderia procurar meu pai e meu irmão. Assim eu pagaria uma certa quantia de dinheiro, mas tudo que importava era meu irmão.

— ele ainda é uma pessoa legal, mas, prefiro não me envolver com esse tipo de pessoa, sabe? — o tailandês novamente fala sobre o garoto. — você tem o número dele? — pergunto — o quê? winwin você não escutou oque eu disse? — ele diz, incrédulo. Eu apenas ignoro, talvez, quem sabe, eu esbarrasse nele enquanto caminhasse pelo colégio.

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