tell your baby that i'm your baby.

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— Sungchan! Porra, quem mandou você mexer nisso?! — Taeyong grita com o mais novo, que encolhe o corpo ao escutar as reclamações do irmão — me desculpa! Foi sem querer! — o menino lamenta já com os olhos marejados — caralho, você tem que se meter em tudo! Eu falei diversas vezes que não era pra mexer nessa merda e você insiste! Por quê você nunca me escuta?! — sua voz estava embargada, também com os olhos repletos de lágrimas.

Tudo começou quando Sungchan estava brincando pelo. Quarto alheio, pulando pela cama, vestindo as roupas do irmão, tudo isso quando estava sozinho em casa. Até que a curiosidade do menino ultrapassa dos limites, fazendo-o encontrar fotos de Jaehyun e Taeyong juntos, pequenas polaroids de alguns encontros dos mais velhos. Nisso o menino leva as fotografias a sala de estar, desenha corações de canetinha envolta das fotos, na mais pura inocência, só que não esperava a chegada de seu pai e de sua mãe, no exato momento em que coloria tudo com canetinhas de diferentes cores. Os pais em choque com as fotos dos meninos, pois uma em específico Taeyong estava abraçado com Jaehyun que depositava um beijo em seus lábios, quando Taeyong chega do colégio acaba se deparando com o pai lhe encarando profundamente enquanto sua mãe chorava.

Agora, Taeyong estava no quarto, depois de uma enorme discussão com seus responsáveis, Sungchan na esperança do garoto lhe perdoar por tal erro, entrou no quarto implorando por desculpas, mesmo confuso e com medo. — o seu quarto não é esse, nunca foi! Se não fosse por você eu ainda poderia ver Jaehyun normalmente! Normalmente Sungchan! — ele permanece a gritar, se falando enfim para deixar as lágrimas finalmente escorrerem pelo seu rosto, Sungchan também chorava, Des do início, mas se intensificou ao ver o irmão chorar ajoelhado a sua frente, com medo das palavras e da agressividade do menino.

Lee Taeyong nunca aprendeu a controlar seus sentimentos, sempre resultando em xingamentos indevidos e gritaria, em uma mistura de raiva e tristeza, na maioria sendo dominado pela raiva, tudo acabava se tornando raiva, mas minutos depois se arrepende amargamente pelo oque fez.

Sungchan dá um passo para trás prestes sair do quarto. — me desculpe, Sungchan... — ele para ao escutar o irmão, que limpava suas próprias lágrimas a tremer caído no chão, derrubado pelos próprios pais. O pequenino que estava quase saindo do quarto volta a caminhar a sua direção, abrindo os braços para abraçar o mais velho, mas a porta é aberta repentinamente, um mão masculina puxa o pequenino para fora do quarto, fechando a porta bruscamente.

Taeyong chorava como uma criança, se culpando pelas palavras que escaparam de sua boca sem nem notar, a ficha caia aos poucos, se tocando de que havia gritado e xingado uma criança de 8 anos.

Talvez oque mais criticava em sua mão agora estava crescendo dentro de si, um broto da genetica suja da mulher manipuladora, que uma hora lhe deixava beijos na bochecha dizendo palavras lindas, mas em outras lhe batia enquanto lhe cortava com palavras negativas. Taeyong lutava contra a própria falta de ar, tossindo, em busca do oxigênio que parecia ficar cada vez mais ausente, enquanto gemia de dor no estômago, que parecia estar sendo amassado.

A única pessoa que lhe ajudava, que lhe amava, Jaehyun, já não poderia mais estar ali para ajudá-lo, lhe abraçar, oque se iniciou com uma paixão boba da pré adolescência, agora doía tanto, que parecia ser sua alma gêmea sendo puxada para longe com brutalidade.

Taeyong consegue levantar, ainda com a mão no estômago, vendo seu reflexo desgastado no espelho do quarto, poderia dar um soco naquele monstro a sua frente, mas ao mesmo tempo tinha a maldita vontade de lhe abraçar e dizer que tudo iria ficar bem, um dia.

A noite se passa em um piscar de olhos, Taeyong estava deitado na cama, sem seu telefone, sem nenhum meio de contato com o garoto, ainda com a raiva lhe contaminando ele levanta, sai do quarto e vê Sungchan assistindo TV, o menino vai até a cozinha em silêncio, abre uma das gavetas do armário e pega o recipiente que guardava seus remédios antidepressivos, o que mais lhe dava efeitos colaterais, sem pensar duas vezes, o menino toma 2, 4, 6, 8, 10 comprimidos. Engolindo com a ajuda de um copo de água, não pretendia parar enquanto não caísse no chão sem vida, até que escuta a voz doce do pequeno menino — vem assistir filme comigo... — aquilo lhe dói profundamente. — eu não posso, não quero contaminar você. — ele responde sentindo sua garganta fechar, causando-lhe falta de ar e uma dor de cabeça imensa, subindo uma enorme espuma pela sua garganta, cuspindo na pia do cômodo antes de cair no chão tremendo constantemente. — Irmão! — Sungchan corre até o mais velho, chacoalhando o corpo alheio mas pegando um copo de água rapidamente, levantando sua cabeça e tentando despejar a água em sua boca. O mais velho tossia tentando recuperar o ar, mas desmaia poucos minutos depois. — maninho! Oque você fez?! Por favor me responde! — o menino começa a chorar — por favor! Você não podia fazer isso! Você disse que não faria! — ele soluça — levanta, venha assistir filme comigo! É o seu favorito dessa vez, eu juro! — o menino abraçava Taeyong, implorando para que acordasse — eu não deixo mais eles fazerem isso com você! Você não vai me contaminar! Você não está doente! — ele ainda balançava o corpo do menino, e por sorte a campainha da casa ecoa, Sungchan levanta correndo, abrindo a porta ofegante, soluçando sem parar. — meu irmão está morrendo! — ele diz, e o indivíduo na porta arregala os olhos ao ver os fios de cabelo coloridos do garoto caído. — oque aconteceu?! — o mais velho pergunta indo até Taeyong, pegando o corpo do menino no colo, depois o colocando em suas costas com um pouco de dificuldade. — Chan fique ai, talvez não possa entrar no hospital, posso confiar em lhe deixar sozinho? — o garoto pergunta, e o mais novo depois de alguns minutos afirma com a cabeça, fazendo o outro descer as escadas rapidamente.

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