➞14

492 65 24
                                    

Soraya Thronicke:


_Estou nervosa_ digo olhando para o local.

_Não fique, eu estou aqui com você_ sinto seu toque singelo em minha mão.

Então eu olho para o lado, exatamente para ela, que no rosto tem aquele sorriso lindo, que me faz esquecer tudo e todos e focar somente no que importa de verdade, que é ela, logo dou um sorriso também, seguro sua mão.

_Obrigada amor_ ela me ajuda a tirar o cinto.

_Vamos lá_ quem sai do carro primeiro é ela.

A vejo passar em frente ao veículo, a admiro com todo meu amor, quanto mais o tempo passa, mais eu fico apaixonada por Simone Tebet, pela mulher da minha vida, pela futura mãe dos nossos filhos, pela mulher que me apresentou o que há de mais lindo nessa vida, o amor.

_Sol?_ ouço ela chamar-me.

_Desculpe_ dou um sorrisinho.

Seguro em sua mão firme, saio do carro e logo ela bate a porta do mesmo, de mãos dadas nós subimos a escada do colégio, após um tempinho ter passado da minha demissão, decidi que já estava mais do que na hora de procurar vagas em outra escola, não posso viver parada.

_Eu fico aqui esperando por você, tudo bem amor?_ ela me olha.

_Tudo bem_ lhe dou um sorriso.

O porteiro foi gentil com a gente, não nos olhou dos pés a cabeça como muita gente ainda faz quando nós duas chegamos em algum local, espero que essa escola possa ser diferente, Simone nunca gostou de onde trabalhava, sempre teve suas desconfianças, e eu deveria ter acreditado nela, mas não, fui teimosa em insistir ficar lá.

_Boa sorte_ diz e deixa um beijo em minha testa.

_Eu te amo_ me afasto e saio caminhando.

Encontro um jovem com o uniforme dali, pergunto onde fica a sala da diretora, logo que ele me ensina, vou em direção a mesma, ao me ver diante da porta de madeira cor marrom, dou duas batidinhas, ouço passos e logo se abre, sorrio gentilmente para ela.

_Bom dia, Soraya Thronicke, isso?_ assinto de imediato.

Recebo passagem para entrar, me sento em uma das duas cadeiras de frente para ela, quem informou sobre que havia uma vaga aqui nessa escola foi Julie, a jovem que trabalha na agência de Simone, e cá estou eu agora, espero conseguir, não quero viver só de minhas artes, amo dar as minhas aulas também.

_Casada?_ a mulher a minha frente pergunta de repente.

_Sim, sou, há dez anos_ falo firme.

_Ah, parabéns_ dou um sorriso.

Essa pergunta faria parte da conversa que estou tendo com ela sobre meu trabalho? porque antes lá na outra escola perguntas pessoais não foram feitas, mas enfim, vou focar no que estamos falando agora, que são sobre duas turmas estarem precisando de professor de artes.

_Deseja conhecer um pouco a escola?_ pergunta.

Então será que isso seria uma aprovação para a minha vaga aqui? logo fiquei contente com a possibilidade, aceitei, levantamos e saímos lado a lado de sua sala, porém durante o breve "passeio" senti muito o olhar de Leila em mim, como assim se chama a diretora.

_Essa é uma das turmas que precisam_ logo ela entrou ali.

Na sala tava uma baderna, alunos sobre a mesa do professor, as cadeiras uma bagunça, Leila me chama, falo com eles, quando sou apresentada, já é como a professora dos mesmos, olho para ela surpresa, porque até então não havia me dito nada, mas fiquei contente, eu havia conseguido.

Nossa HistóriaOnde histórias criam vida. Descubra agora