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Soraya Thronicke:


Meus sete meses havia chegado, estava sendo uma gravidez tranquila e sem nenhum medo, recentemente fui a nossa médica e está tudo bem com nossos meninos, com Bernardo e Bento, essa foi a escolha dos nomes por Simone antes, e assim como ela sugeriu, preparamos algo.

Escrevemos alguns nomes de nossas escolhas e colocamos em um copo, reunimos a família e demos a Cecília, o primeiro nome que ela tirou estava escrito Bernardo, e para nossa surpresa, o outro nome escolhido por ela foi Bento.

Os dois nomes por quais a Simone estava encantada antes mesmo de descobrirmos se eram meninos, foram os sorteados por nossa filha Cecília, aceitei com todo meu amor, já não vejo a hora de vê-los correndo por aqui com a irmãzinha.

_Amor, me ajude aqui_ eu grito do quarto.

A preocupação de Simone só aumentou após a descoberta dos gêmeos, ela faz de tudo para que eu não faça esforços nenhum, quando está no trabalho, me liga de dez em dez minutos para saber como estou, Simone além de uma grande esposa, é uma mãe maravilhosa para nossos filhos.

_O que está sentindo? quer ir ao hospital?_ pergunta agoniada ao chegar no quarto.

_Calma amor, só queria uma ajuda_ seus ombros relaxam.

_Com o quê meu bem?_ adentra por completo o quarto.

_Quero usar aquele sapato hoje, deixei eles ali_ aponto para cima do guarda roupa.

_Já vi que você quis fazer arte fora dos quadros não foi?_ ela me olha.

_Não fiz nada_ levanto minhas mãos em rendição.

Meu olhar segue para onde o seu olhar segue novamente, que é para o pequeno banco, eu cheguei a puxar, mas pensei melhor e quis chamar por ela, do jeito que sou desastrada, poderia cair com qualquer deslize, me conheço bem.

_Teimosa que amo_ diz e sorrio.

A vejo pegar com total facilidade a caixa dos sapatos, eles eram baixos e confortáveis para eu usar hoje, logo mais terei uma exposição para apresentar, só nesse mês eu já fiz três obras, precisei me esforçar para continuar com esse meu trabalho.

_Ai, que coisa_ murmuro quando sinto uma tontura.

_O que sentiu amor? me diz_ ela me faz sentar.

_Somente uma tontura meu amor, relaxe_ lhe olho.

_Não consigo relaxar não, está tudo bem mesmo?_ pergunta.

_Está, acredite, tá passando_ seguro em sua mão.

_Tudo bem_ dou a ela um sorriso.

_Quero ver como está ficando_ digo.

_Vem, vamos ver_ ela pega em minha mão.

Minha barriga tá grandinha, com esse mês está parecendo quase de nove meses, mas claro, são gêmeos que eu carrego aqui em meu ventre, a diferença com certeza é maior que a outra gestação.

O peso e dores também são bem maiores, preciso me esforçar bem para ficar por um tempo bom em pé durante minha apresentação na galeria, meus pés doem facilmente.

_Está tão lindo meu amor_ digo.

_Sim, ali vou colar aqueles desenhos que Janja trouxe_ diz.

_Ficará perfeito sisi_ sua mão passa por minha cintura.

_Tudo por nossos filhos_ ela fala.

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