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A cena exibida é um pequeno tocantinense com asinhas de fada nas costas e uma aureola na cabeça. Do lado dele, o pequeno Amapá todo emburrado também possuía asinhas de fada nas costas e uma aureola na cabeça. A diferença era que o tocantinense estava visivelmente empolgado. Já o amapaense estava de braços cruzado e um bico na boca.

— Como foi a música que você aprendeu Tinzinho? — A voz de PA soa claramente divertida.

— Winx! Quando damos nossas mão, nos tonamos podelosas, puque juntas somos invexiveis.

Enquanto o tocantinense cantava a musiquinha, em idioma infantil, e dançava freneticamente, AP permanecia emburrado e com um bico na boca.

Pará, enquanto isso, dava risada do bico do pequeno. Afinal, era uma boa vingança por ter quebrado uma guitarra de brinquedo na sua cabeça.


*  


— Paraiba masculina mulher macho sim senhor.

Pernambuco cantava o refrão da música de Luiz Gonzaga segurando a pequena paraibana no colo. Ele dançava um forró desajeitado.

— Eita, eita, muher macho sim senhor.

Enquanto é sacolejada para lá e para cá, a pequena Paraíba bate no pernambucano com uma peixeira de plástico.

Pernambuco sente, é claro, afinal a garota, mesmo pequena, é bem forte. Mas ele se importa? É claro que não. Pelo contrário, ele segue na sua cantoria.

— Eita, eita, mulher macho sim senhor.

Bahia, que está gravando se acaba de rir com a cena.


*  

— 'Pra variar, — disse Pernambuco — eu não posso tirar um cochilo nessa casa sem um desses 20 e tantos monstrinho aprontarem.

Assim como Luciano em uma das gravações anterior, Buco caminhava pela casa em busca de alguma situação vinda do barulho que lhe acordou do seu sono.

Na salinha de brinquedos Matinha fazia chuquinhas no cabelo do irmão. No banheiro Paulo e Minas estavam fazendo bolinhas de papel higiênico. No quarto dos dois Bahia estava cochilo e ele, é claro, saiu o mais silenciosamente possível.

Ok, exceto o fato da sua namorada estar tirando um cochilo, nada daquilo era exatamente bom, mas também não era anormal. Até que ele chegou na cozinha.

Por que diabo essas crianças gostam tanto da cozinha mesmo ein?

Enfim, sentado na bancada ao lado de uma geladeira escancarada estava o pequeno Acriano dinossauro completamente lambuzado com açaí.

— Oxi, quem é tu mesmo? 


*  


— Matinha o que é que a gente vai fazer hoje?

Buco pergunta a pequena mato-grossense que seguia na sua frente.

— A gente vai passear!

A pequena parou na frente de uma porta e esperou o titio.

— É como a gente ensaiou tá certo?

A pequena assentiu. E abriu a porta.

O ambiente lá dentro estava escuro, mas a luz logo se dissipou quando a pequena Matinha acendeu a luz. Um pequeno sul mato-grossense pode ser visto sentado na cama com os cabelos todos desgrenhados e uma cara emburrada perfeita demais para alguém tão pequeno.

— Quem acordou primeiro? Matinho ou os...

— CABELO!!

Os dois riram da cena enquanto o pequeno Matinho continuou impassível.

A gravação corta para aquele mesmo banheiro, com Matinho sentado na bancada. Buco está atrás dele segurando uma camisa verde.

— Vamo botar a camisa. E não me morda de novo não viu. — Ele tenta colocar a camisa pela cabeça do pequeno, mas ele se remexe em descontentamento — Vamo pelo braço então...

— NaaaaAAA

Pernambuco massageia as tempôras e suspira.

— Você tem que se arrumar rapaz.

— Naaa!

Mais uma vez o pernambucano suspira. A gravação corta uma segunda vez, retornando com Pará ao lado de Pernambuco.

— Me ajude aqui com esse menino aqui vá.

— Porque eu?

— Porque tu é forte. Qualquer coisa tu desmaia ele!

— Queisso?

Mais uma vez os dois se põem a tentar vestir o pequeno Matinho. Agora substituíram a camisa por uma camisa xadrez. Seria mais fácil por uma camisa de botão certo?

Errado!

Enquanto Pará segurava, com delicadeza, o braço do pequeno, Buco tentava pôr a manga da blusa no braço do menino. Mas dessa vez além de gritar, Matinho ficou se remexendo. Até deu uns chutes no ar para tentar ser largado.

Pernambuco larga a camisa que estava tentando colocar no menino e dá um grito.

Outro corte na gravação.

— Vem'aqui cuida do seu minino!

— Esse guri é meu desde quando? — Pergunta RS.

— Égua. É você que fica dizendo que ele te obedece, que é o favorito dele. Veste ele agora.

Rio Grande do Sul olhou em volta. O pernambucano e o paraense estavam do lado do pequeno, enquanto o sulista estava atrás, ocupando o lugar em que Pernambuco estava antes. Ignorando completamente os três a sua volta, o pequeno MS brincava com um cavalinho de brinquedo como se o show que fez antes não tivesse acontecido.

Sul pegou a camisa xadrez e tentou segurar o bracinho do pequeno. Rapidamente o menino se soltou.

Em uma segunda tentativa, Buco e Pará tentaram segurá-lo com delicadeza.

— Você tem que se arrumar rapaz. — Diz PE.

Quando é segurado, Matinho se esperneia ainda mais.

— NAAAAAAAAAA!!!!!!

Ele grita, se contorce, chuta a mão de um e dá uma dentada na mão de Buco.

Muito tranquilinho, graças a Deus.

— O que é isso aí?

Luciano chega no lugar e vê a cena: três adultos quase lutando com uma criança de meses para pôr uma camisa.

— É teu minino aqui! — Buco é o primeiro a falar.

Mais um corte na gravação. A cena exibida agora tem o mesmo cenário antes, exceto por uma diferença nas figuras.

O pequeno Matinho segura um copo de chifre nas mãozinhas. Ele suga o tererê atravês de um canudo. Magicamente, o menino já está vestido. E Luciano está atrás do pequeno penteando seu cabelo. De vez em quando ele das uns puxões meio fortes, mas o menino está tão entretido com seu tererê que nem percebe.

— Nunca mais eu cuido desse povo.  





N/A: Oia eu aqui de novo, xaxando, oia eu aqui de novo para xaxar.

Mais uma vez passando aqui para pedir mais sugestões viuuu. As que vocês comentaram já estão em processo de produção, em breve, mais capítulos aqui.

Hidratem-se, comam frutinhas.

Essa família é muito unidaOnde histórias criam vida. Descubra agora