O vento frio das 5:00 da manhã ainda corta as maçãs do meu rosto;
Uma ida a pequena feira no canto da cidade, onde as maçãs perderam o seu gosto;
Essa triste sensação de viver o mundo inteiro antes das 10:00;O desconforto gerado pelas pedras robustas sob os pés;
Tudo aqui é diferente da metrópole, tudo aqui é complexificado;
Um mundo onde todo o pequeno afeto é reservado;O Ar seco ainda faz com que meus lábios estejam partidos no fim do dia;
Meia dúzia de olhares e lá está ela a agonia;Eu não reconheço esses rostos e nada disso está associado a minha miopia;
0.5 a direita, 5.0 a esquerda e nada é mais tão nevoado;Este lugar frio retira mais do que somente o afeto de que nos foi negado;
A poeira que entra pela fresta das janelas ainda me causa alergia;
Tudo que há entre minha casa e a rodovia estadual 232 é melancolia;
Minhas estrofes cheiram a mofo como os livros na estante que constantemente tenho lido;
No fim da página de um dos livros dizia: Tudo escrito aqui será esquecido.
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Cartas Aos Pulsos
PoetryCartas aos Pulsos traz alguns escritos antigos e atuais que refletem o que eu vi e vivi em diferentes ambientes de convívio e diferentes situações. É a minha poesia cotidiana em sua forma mais bruta.