- O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO?
- Trabalhando.
Babe franziu os lábios irritado para o jovem trabaIhador que se levantou cedo para sentar-se de novo diante do computador. Charlie olhava fixo para a tela, tão concentrado que nem se deu ao trabalho de olhar para Babe, que acabara de sair do quarto, e apenas a sua boca ainda se movia para responder.
- Outro trabalho duro? - Babe ficou atrás de Charlie, curvando o pescoço para olhar com interesse. Ele não sabia o nome do programa que Charlie estava usando, mas, pelo que viu na tela, pensou que o rapaz poderia estar projetando algum tipo de poster.
- Não, não está tão duro assim... - Charlie riu, clicou com o mouse e arrastou a moldura preta para baixo para enquadrar. Mesmo Babe, que não tinha nenhum senso artístico, achou que a moldura deixou a imagem mais elegante à primeira vista. - O prazo ainda é longo, mas quero terminar rápido.
- Por que a pressa? - Babe colocou a mão no ombro largo de Charlie antes de continuar. - Se você não tem um prazo apertado, faça devagar. Venha se divertir comigo primeiro.
- Faço rápido porque quero ter muito tempo para brincar com você.
- Vejo que você trabalhando o tempo todo. Quando tem tempo livre, fica sentado na frente do computador. Quantos trabalhos você aceita de uma vez?
- Pego o máximo que posso. Uma pessoa precisa comer, sabe.
Charlie respondeu de modo casual, ainda focado no pôster na tela, fazendo Babe se sentir ignorado. Normalmente, Charlie sempre o colocava em primeiro lugar. Entretanto, quando se tratava de trabalho, Babe cairia para o segundo lugar com facilidade.
- Você aceita tantos trabalhos por dinheiro?
- Se não for por dinheiro, pelo que seria? - Charlie riu ouvindo a pergunta estranha de Babe.
- Pensei que você fizesse porque gosta.
- Gosto. Porém, se eu apenas gosto, talvez não precise fazer tanto. Sempre que quiser fazer, faço. Se estiver cansado, posso parar quando quiser. Mas faço isso pelo dinheiro, então nada pode me impedir.
- Se você está cansado, então pare.
- Se eu parar, o que vou comer?
- Eu cuidarei de você. - Babe disse com calma, movendo a mão de seu ombro para envolvê-lo em volta do pescoço, antes de apoiar o queixo em seu ombro. - Quanto de baht você ganha por mês?
- Cuide de si mesmo. Eu não quero. - Charlie disse com voz baixa. - O que tenho todos os dias já é muito.
- Então venha trabalhar comigo. Você não precisará fazer mais isso.
- E o que eu faria então? Não posso fazer mais nada.
- Apenas faça o mesmo que faz todos os dias. - Babe disse enquanto afundava o rosto no pescoço de Charlie. Ele inalou o aroma familiar, enchendo seus pulmões como se fosse algo que o deixasse viciado. Não importa o quanto cheire, ele nunca ficará entediado. - Seja babá, seja Papai, seja Sebastian, seja guarda-costas.....
- Muitas são as minhas tarefas.
- Tudo isso com salários na casa das centenas de milhares.
- Tanto assim? - Charlie riu, gostando de como Babe era capaz de seduzi-lo. Ele sabia que Babe podia fazer o que dizia com facilidade. Pagar-lhe algumas centenas de milhares por mês não faria alguém como ele ficar pobre. Todavia, a questão é, por que Babe iria contratá-lo?
- Mas eu não quero.
- Ah, por quê?
- O preço de um carro já é muito mais caro que o meu salário. - Charlie respondeu, indiferente. - Mesmo que eu não o compre e apenas o alugue, não sei de onde tirar dinheiro para pagá-lo.

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PitBabe
RomanceCharlie quer ser um piloto de corridas, mas ele não tem um carro própio. A única solução que ele encontra é fazer um acordo bizarro com o rei da pista, Babe, apelidade de PitBabe. Ainda mais estranho, Babe concorda em ajudar Charlie a realizar seu s...