Harry Edward Styles, vinte e um anos. Nascido em 1 de fevereiro de 1994, Holmes Chapel, norte de Crewe, condado de Cheshire, England, UK. Precárias informações referentes à família: Anne Styles, mãe; não consta registro paterno. Envolvimento em cerca de quinze assassinatos, tráfico ilegal de joias, mulheres e cocaína. Constam três registros de tortura à vítima com motosserra, envolvimento em quatro incêndios e desaparecimentos. Detido em 2010, tentativa de fuga cerca de um mês após sua prisão, e, em 2011, fuga definitiva.
Arregalei os olhos, a ponto de as mãos trêmulas deixarem a ficha cair sobre o amontoado de tantas outras fichas criminais em minha mesa. Merda. Eu estou exalando nervosismo, talvez medo, espanto... Ou quem sabe os três?
Mesmo que em poucos anos de profissionalismo, eu já lidei com os criminosos mais radicalizados da história inglesa. Antecedentes misteriosos e mortes do porte mais monstruoso possível. Crimes organizados e camuflados de maneira inteligente — não o suficiente para um agente treinado do FBI, claro —, mas inteligente de qualquer forma.
Eu estava acostumado com esses merdinhas que se acham os donos do mundo; que se acham no direito de vender e matar vidas, destruir famílias e histórias que nem ao menos lhes pertencem.
Mas nunca presenciei algum como esse. Tão novo.
— Está preparado, Pistone? Esse aqui é perigoso. Sabe como os deles chamam o sujeito? — Stan, meu companheiro de trabalho, ou apenas um puxa saco e desgraçado que costumava atormentar minhas horas extras, arrastou-se com a cadeira para onde eu olhava espantado em direção à maldita ficha. Apontou para a mesma e sorriu amarelo, provavelmente caçoando da minha desgraça. Filho da mãe. —"Coldheart".
Considerando a aparência jovial e bonitinha do sujeito em questão, tal "apelido carinhoso" adquiria um tom especialmente bizarro e engraçado. Mas eu não poderia negar: meus pelos se eriçaram um a um, efeito dominó, as gotículas de suor atormentando até mesmo a minha capacidade mental. Como se eu fosse um covarde, com medo de uma criancinha revoltada.
Exatamente, William, esse Styles é apenas mais uma criancinha revoltada.
— Como se eu nunca estivesse preparado.... —Sim, realmente, sempre estive preparado. Sempre acima de qualquer um deles, tão mais sangue frio que qualquer um deles. Mas agora? Agora estava me borrando de medo. Stan me conhecia suficientemente para perceber isso, e, quando percebeu, se pôs a rir com minha falha tentativa em parecer durão. Pelo menos não durão o suficiente para esse tal de Styles.
— Olhe, eu também estaria assim no seu lugar. Mas, ao final de tudo, que merda pode acontecer com você? — Recolheu a ficha, dessa vez abandonada no chão, e a olhou sugestivo, sempre com aquele sorriso filho da puta no rosto. — Hm... Te confundir com uma das amantes que eles traficam por aí, te torturar com uma motosserra, assim como naquela vez em que o agente... Hm.... Droga, qual era mesmo o nome? Que Deus o tenha...
— Saia já da minha sala, Stan! Anda, não aguento mais ouvir sua voz! — Meus braços se moveram com rapidez em direção à porta que, pela sorte de Stan, estava próxima o suficiente para ser a minha vítima ante ao nervosismo. Ou o arrebentaria ali mesmo, e foda-se a pose de agente do FBI.
Tão rápido quanto a porta fora aberta, ele saiu. Saiu ainda debochando da minha situação, mas convencido da minha determinação. Aliás, eu já falhei alguma vez em alguma missão? Ele me conhece o bastante para saber que não.
Stan sempre foi um conhecido meu, desde os meus poucos treze anos de vida; nós sempre fomos os NERDS da turma, inteligentes em nível de consideração a dois garotos prodígios, com tal nível de aprendizagem a ponto de sempre enxergarmos mais em qualquer assunto complexo demais para qualquer adolescente que acaba de ter sua primeira ereção e vive de FIFA Soccer. E então, talvez por isso, acabamos virando agentes do FBI.
Stan cresceu comigo. Fundamental, colegial e faculdade, juntos. São muitas histórias envolvendo nós dois, e eu até agradeço a Deus por ter me arranjado um amigo que tenha me aguentado por tanto tempo. Mas, em certo ponto, cansa. Cansa sermos sempre "eu e Stan".
Estava cansado de aguentá-lo por sete horas seguidas, todo dia, e usei isso como desculpa para me livrar do mesmo e ir atrás desse tal cafetão, o fodão da Inglaterra — ou simplesmente um pirralho que aprenderia a verdadeira lição da vida assim que passasse um tempinho comigo.
Eu iria cumprir essa missão com extremo sucesso, como sempre fizera.
Só bastava arrumar minha mala e preencher mais algumas papeladas antes de partir para Sheffield, assumir minha nova identidade. E foi o que fiz.
Checando as últimas papeladas referentes a quem eu teria de "ser" dali em diante, terminei de organizar as fichas dos demais criminosos e me recostei na cadeira antes ocupada por Stan. Pedi para que Marta, minha secretária, me trouxesse um chá, e apenas terminei a minha última tarde em Londres contemplando os mínimos detalhes da cidade que podia ser fácil e incrivelmente vista da minha janela envidraçada.
Louis Tomlinson. Um homem francês, rico e cheio de tatuagens no corpo, antes sustentado pelo pai dono de uma multinacional, agora já decadente pela sua morte. Não queria mais saber das dívidas que o pai deixara, e partiu para o mundo das apostas, bebidas, crimes... Ele conhecerá Harry Styles. Roubará todas as informações possíveis sobre a teia de gângsteres e dinheiro que ele lidera, e depois acabará com a sua vida. — Li, risonho, a papelada do "personagem" que eu teria de incorporar — e não só atuar — a partir de amanhã. Aproveitei a deixa, com Stan bem longe daqui para poder me ouvir falando sozinho, e pronunciei as palavras em francês, deixando uma nota mental em agradecer mais tarde à minha mãe por ter me pago aulas de francês.
Attendez-moi, Harry Styles.
-X- Heyy :3 o capítulo ficou pequeno, mas eu prometo que será o primeiro e último assim, pois eu queria deixar a melhor parte no próximo capítulo heuheheueh. Queria dedicá-lo a todos que me pediram para continuar e parabenizaram o prólogo, no Twitter. Vocês são incríveis, e em 4 dias eu já consegui 209 visualizações /o/
Attendez-moi, Harry Styles= Espere por mim, Harry Styles.
Antes que fiquem confusos, Louis Tomlinson é o nome que o William Pistone vai usar como outra identidade pra poder se aproximar do Harry. Mas imaginem ele como o Louis maravilhoso que todos conhecemos mesmo ewgbgbk.
Na próxima ATT os dois bonitinhos irão se encontrar heuheuheeh. Spoiler só pra vocês ficarem ansiosos u.u.
Xxx, Inha.
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Blue Jeans (larry stylinson)
Fiksi PenggemarHarry Styles é cognominado o AI Capone inglês: criminoso temido por toda a Europa. Mais do que isso, um contrabandista nato. Sua frieza é insígnia a cada tiro e facada, sem piedade alguma, esta que é inexistente em seu dicionário. Assim como o amor...