Efeito dominó

12 2 0
                                    


E lá estávamos nós novamente no quarto, devidamente dispostos e com tudo preparado para o que viria a seguir. Eu também estava ansioso para saber como eram os passos dele naquela situação. Por um momento pensei que ele seria intenso por toda a energia que a juventude guardava, mas para minha surpresa ele me mostrou uma face quente e dócil da paixão.

Ainda estávamos sentados na beira da cama, degustando de nossos beijos, quando passei a observar o desejo em seus olhos ao mesmo tempo em que também apresentavam preocupação devido à minha primeira viagem ali. Talvez ele pudesse lidar com coisas assim, mas pareceu que eu era um ponto fora da curva. Um ponto importante.

-Apenas faça o que sabe, não pense em nada mais. -Disse-lhe dando um beijo estalado. Ele balançou a cabeça em afirmativa e pôs-se a me deitar na cama.

Tratei de me ajeitar devidamente, e uma vez bem posicionado, fui removendo as peças sob o olhar dele, que estava atento, pensando em mil e uma coisas, sentindo seus singulares arrepios. Com a última peça removida ele sorriu, e com o dedo indicador ele sinalizou um giro, me pedindo para que ficasse de bruços.

Eu realmente não entendia de muita coisa. Na verdade, eu não entendia absolutamente nada até ele me enveredar pelos tantos caminhos possíveis que poderíamos seguir quando estávamos juntos. E bem, obviamente naquele momento eu não fazia ideia do que esperar.

-Relaxar é importante. -Disse ele ao passar a mão por uma das minhas nádegas.

-Algum truque?

-O melhor de todos. -Senti-o subir pela cama e arranjar espaço no meio das minhas pernas. Não tomou muito tempo até perceber alguns pequenos beijos pela extensão da minha coluna até próximo ao cóccix.

A partir dali ele já se encontrava de bruços assim como eu, mas tinha uma visão e uma intenção completamente diferentes. Antes que eu pudesse perguntar alguma coisa, ele me segurou as nádegas com cada uma das mãos e deixou que sua língua deslizasse bem devagar por ali, o que me foi uma sensação nova e prazerosamente interessante.

O único som que emanei foi um sugar de dentes abafado por um travesseiro próximo. Ele brincava com a própria respiração ali em soprinhos precisos por todo caminho, e deixando-a quente ou fria à medida que se acercava do objetivo, intercalando os ares. Algo simples, mas poderoso o bastante para me encontrar em tal situação que mais parecia que involuntariamente eu levava cada vez mais meu traseiro contra ele. Foram momentos mais do que ótimos.

Imagine qual foi a minha reação ao sentir sua língua circulando por ali aos poucos? Meus olhos não conseguiam se manter abertos e eu não me atrevi a dizer qualquer coisa. E nem conseguia! Apenas arquejos eram ouvidos e era bem isso que ele ansiava escutar, mas quando sua língua passou aos poucos a me invadir, eu deixei o resto de razão se esvair de mim.

Sua saliva lubrificou o bastante para eu sentir sugadas maiores dele, numa vontade incrível, refletida em meus ofegos e gemidos baixos, além dos arrepios contínuos que por vezes faziam meu ar trepidar. Eu já não pensava, apenas tinha a noção de que ele tinha completo controle sobre mim naquele momento.

Ele não teve pressa para me fazer altamente dependente de sua boca e muito menos de sua língua. Bem sabia quando deveria parar, e foram muitos minutos até que ele decidisse isso.

Ele continuou a me dominar daquela forma até me deixar arfante e de joelhos insustentáveis, mas que de certa forma não permitiu que a minha ereção se irrompesse. Pus-me a virar devagar, e ele ao ver minha débil situação, tratou de fazer uma trilha de beijos da minha anca até meu pescoço.

-Você gostou do pequeno truque? -Perguntou-me sabendo da resposta.

-Talvez eu tenha esquecido o meu nome por um momento. -Sua risadinha ao me beijar o ombro foi perfeita.

76 Trilhões de milhas - MclennonOnde histórias criam vida. Descubra agora