problemas ou soluções

607 54 1
                                    

Galera hoje se eu soltar mais um cap vai ser na parte da madrugada, espero que estejam gostando, deem opiniões!!

Perturbada, era assim que estava a "dm" no Instagram de Eduarda e Júlia após postarem suas respectivas fotos tiramos uma pela outra.

-já são 21 e 30, vamos?

Diz Duda ao perceber que já haviam falado de todos, literalmente todos os assuntos possíveis, falaram até do uniforme ridículo que os garçons estavam usando, da iluminação do lugar que era ótima, da estrutura e com esses mil papos fúteis, Eduarda distraiu Júlia pagando a conta sozinha já que a central queria dividir a conta. Não era novidade pra ninguém do lugar de onde Eduarda cresceu, assim como a maioria das crianças no estado do Rio de Janeiro, ela havia crescido e nascido em uma favela, ralou muito pra chegar onde está, nunca dispensou uma oportunidade, sempre se manteve firme no seu propósito, ser uma jogadora profissional de vôlei. Isso faziam com que alguns olhares fossem de pena ou de solidariedade e Maria Eduarda odiava isso, não que Júlia o fizesse, mas a insistência de querer dividir a conta a induziu ou pelo menos insinuou esse pensamento de "nossa que coitada", pelo menos na visão de Duda que por hora não comentou nada, nem fez cara feia, sabia que era algo tão inútil de se ser discutido que nem se deu o trabalho de ocupar os pensamentos da central com tal coisa.

- vamos, só precisamos pagar a conta

-eu já paguei

A expressão de dúvida era nitida no rosto de Júlia e seu olhar dizia "quando?"

-quando você distraiu na conversa eu tinha pagado, não se preocupa, vamos indo?

Tentou mudar de assunto rapidamente pois não queria passar novamente pela situação "coitadinha".

Entraram no carro e automaticamente ao tirar a mão da marcha, a mesma se direcionou a coxa de Duda, assim como foi o caminho de ida

- da próxima vez que nos vermos, provavelmente no Rio, queria fazer algo diferente

-diferente?
Responde Eduarda com uma outra pergunta.

-é diferente, tipo ir ao Maracanã, na praia, essas coisas que a gente não pode fazer da última vez, oque acha?

E em um sinal de transito Júlia vira a cabeça para olhar nos olhos da ponteira.
Na verdade esse algo diferente tinha um motivo por trás. Lógico que a frase que vai sair agora pode ser meio surpriendente para tais pessoas e algumas podem pensar "Júlia está agindo muito com o coração" e sim realmente ela estava, e sabia disso, como nunca havia se apaixonado antes ela achava que esse era o sentimento que as pessoas sentiam quando iam pedir alguém em namoro. O sentimento de certeza, de olhar nos olhos dela e poder dizer, é ela. Sem vírgula sem nada, somente um ponto final, é ela. Icônico seria pensar que esse também era o desejo de Eduarda, quando forem se ver daqui a 2 semanas de novo, já na fase dos play offs onde provavelmente o fluminense pegaria o minas nas quartas de final (resultado que era improvável de ser mudado) a já tinha em mente que iria se declarar, dessa vez com a certeza de falar, você é a pessoa que eu mais confio, você é a pessoa que eu estou apaixonada e ponto final.

           .      .     .     .      .     .     .

-acho que nunca vou me cansar disso
Exclama Eduarda ofegante, após ter tido um orgasmo muito longo afinal elas estavam nesse ritmo frenético por horas no hotel.

-eu  não acho, tenho certeza

Diz apoiando sua cabeça sobre o ante braço que usou de apoio somente para poder admirar o belo rosto da ponteira a sua frente.
A ponteira vira o rosto, agora avermelhado,  para o lado e rapidamente rouba um selinho que assusta e diverte a mulher ao seu lado, fazendo com que risse também

-percebeu como foi tão rápido?
Pergunta a ponteira

-oque?

-nossa conexão
Põe uma mecha atrás da orelha de Júlia que soltou um sorriso sincero ao perceber que pensavam da mesma forma sobre um assunto tão sério

-eu mal percebi, foi natural, acho que não forçamos nada.

-também acho

"Estou apaixonada por voce" foi isso que quase disse a Eduarda como resposta mas travou no meio do caminho ao ver que a mesma bocejo de sono e lembrou que já era de madrugada, estava tarde e amanhã a carioca saia bem cedo da rodoviária com seu time para voltarem a sua Terra. Resolveu por fim puxá-la para uma conchinha e dormir.

              .      .     .     .     .     .     .

Um problema: elas iriam demorar pra se ver
Uma solucao: aproveitar o momento de agora.
Eduarda envolvida pelos braços de Júlia mas virada para o corpo da Central não havia conseguido dormir, já te tku fechar os olhos, já tentou se relembrar dos momentos que teve nas últimas 24h e ir dormir mas nada disso procedeu, ela simplesmente não conseguia dormir pelo fato de que sabia que esse seria o último momento das duas juntas e iria demorar para se verem de novo, em compensação o jogo de ida e de volta seriam em um intervalo de curto tempo, oque fazia com que as equipes se enfrentassem com mais frequência e também com que as duas pudessem se ver mais.

-está tudo bem?

Foi surpreendida pela central que ocupava seus pensamentos.

-sim, mas eu não consigo dormir sabendo que essa vai ser uma das últimas vezes que vou te ver em tempos.

Sinceridade, foi isso que teve no momento. Olhou para cima.

-você está satisfeita passando esses momentos comigo ou queria fazer outra coisa?
Uma pergunta um tanto quanto ousada, realmente é difícil respondê-la pois fisicamente sim, ela se sentia muito bem mas, mentalmente a ansiedade estava batendo tanto que a única coisa que queria é pausar no tempo olhando cara a cara nos olhos de Júlia.

-eu estou muito satisfeita, claro, mas não queria que fossemos embora.

O "x" da questão era: nenhuma das duas podiam fazer nada para mudar aquilo somente grudar seus corpos, se beijar e agir como um casal que seriam daqui a pouco.


Mais um cap, perdão a demora, fiz umas reparações


ligadas por umOnde histórias criam vida. Descubra agora