Capítulo 4 - XOTE DA ALEGRIA

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Olá, voltei!

Tem recadinho no final da página. Boa leitura!


Luiza Pov

- Luiza, finalmente te achei! - Duda gritou vindo em nossa direção.

Valentina e eu nos afastamos devido ao susto. Eu não conseguia nem raciocinar, ainda não tinha conseguido entender o que foi tudo aquilo.

- Nossa Duda, que susto. - Falei disfarçando para o que estava prestes a acontecer.

- Desculpe a demora amiga. Acabei ficando enrolada, não era minha intenção te deixar sozinha. Mas pelo visto você já está se enturmando né. - Duda sorriu de forma maliciosa.

- Nossa amiga, eu e Valentina estávamos conversando e não vimos a hora passar. Você acabou de chegar? - Falei disfarçando enquanto Valentina permanecia em silêncio e sem graça.

- Sim. Não quero atrapalhar vocês. Vou lá cumprimentar a galera. - Duda se retirou.

Valentina e eu ficamos um tempo nos olhando. Parecia que ambas estavam tentando entender o que aconteceu e como chegamos a esse ponto. Após a interrupção da Duda senti ela um pouco sem jeito comigo e eu também não sabia como lidar, eu queria esse beijo tanto quanto ela. Porém, agora já não tinha mais clima.

Voltamos para a festa logo em seguida, Valentina ficou um pouco com Mateus e seu irmão. Vi que os dois estavam próximos e conversando ao pé do ouvido. Mesmo disfarçando em alguns momentos, Valentina não parava de me olhar e como seu olhar era penetrante, em alguns momentos me sentia desconcertada.

Durante a festa, continuei bebendo de forma leve. Eu e Valentina continuamos conversando e o papo fluía naturalmente. Em determinado ponto da noite a galera já parecia um pouco zoada e muitos já estavam mais soltos. Com isso, todos começaram a dançar. Embora eu saiba dançar, não me sentia à vontade para começar a rebolar até o chão ao som do funk ao fundo. Valentina em alguns momentos arriscava alguns passos o que me fazia rir, tenho certeza que ela estava fazendo isso para que eu não ficasse tão travada e me soltasse também.

Algum dos meninos trocou a música e começou a tocar forró, o que por coincidência era um dos poucos ritmos que eu gostava de dançar. Começou a tocar Falamansa - Xote da Alegria. Sem muito pensar, puxei a Valentina para dançar, por alguns segundos ela ficou travada. Mas logo me acompanhou.

Puxei Valentina para mais perto, mostrando que eu iria conduzir a nossa dança. Quando senti nossos corpos colados, senti um arrepio e aquele frio na barriga estava presente novamente. Resolvi aproveitar e curtir o momento.

Se um dia alguém mandou

Ser o que sou e o que gostar

Não sei quem sou e vou mudar

Pra ser aquilo que eu sempre quis

E se acaso você diz

Que sonha um dia em ser feliz

Vê se fala sério

Senti a mão da Valentina na minha cintura de forma firme. Ela me olhava o tempo todo e esboçava alguns sorrisos. Mesmo um pouco travada, em alguns momentos eu a deixava conduzir a dança.

Pra que chorar sua mágoa?

Se afogando em agonia

Contra tempestade em copo d'água

Dance o xote da alegria

Se um dia alguém mandou

Ser o que sou e o que gostar

VALU - Pra você dar o nome.Onde histórias criam vida. Descubra agora